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Política Ataque a membro do MBL amplia casos de agressão na Câmara dos Deputados; veja quais

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Episódio se soma a pelo menos outros três que ocorreram na sede do Congresso, todos protagonizados por deputados de polos opostos do espectro político. (Foto: Reprodução)

O ataque do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) ao influenciador do MBL Gabriel Costenaro na terça-feira (16) na Câmara dos Deputados ampliou o número de casos de agressões físicas envolvendo parlamentares. Já são pelo menos quatro na atual legislatura. Em vídeo compartilhado nas redes sociais, Braga aparece chutando o youtuber e empurrando-o para fora do prédio. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Legislativa (Depol).

O grupo do MBL comandado por Costenaro estava na Câmara para falar com parlamentares contra a regulamentação da atividade de motoristas de aplicativo, quando teria começado a discussão. Não há imagens que mostrem o começo do episódio. Em vídeo compartilhado em suas redes sociais, Braga diz não se arrepender das agressões e que foi provocado por Costenaro.

“É a quinta vez que esse sujeito me provoca. Na quarta, no Rio de Janeiro, ele ameaçou a mãe de um militante do PSOL, de mais de 70 anos, falando que sabia onde ela morava. Eles tentam nos intimidar, tentam, através do medo, fazer com que a gente recue, mas nós não vamos recuar para militante fascista”, ressalta.

Outro vídeo mostra uma discussão de Braga com o deputado Kim Kataguiri (União-SP). Enquanto estavam na Depol para registrar o caso, é possível ouvir Braga insultando Kataguiri.

Kataguiri vai protocolar pedido de cassação do parlamentar no Conselho de Ética da Câmara. Nas redes, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que também vai entrar com representação contra Braga no colegiado.

Histórico de agressões

O caso envolvendo Braga se soma a pelo menos outros três episódios de agressões dentro dos prédios do Congresso, todos protagonizados por deputados de polos opostos do espectro político.

Em dezembro passado, o deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) deu um tapa no rosto do bolsonarista Messias Donato (Republicanos-ES) durante sessão de promulgação da Reforma Tributária. Antes do ataque, que gerou tumulto no plenário da Câmara, o petista usou um termo homofóbico para ofender Donato.

O deputado do Republicanos registrou o caso na Corregedoria Legislativa da Casa, e seu partido pediu a cassação de Quaquá no Conselho de Ética. Em nota divulgada à época, ele afirmou que se tratou de uma reação por ter sido empurrado pelo parlamentar.

Outros dois episódios envolvendo deputados governistas e de oposição geraram confusão e quase terminaram em agressão física. Em julho, o bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) avançou em direção a Paulo Guedes (PT-MG) após bate-boca no plenário.

O petista rebateu críticas ao presidente Lula feitas por Gilvan, que classificou a fala de Guedes como “mentirosa” e “de ódio”. Em resposta, o petista chamou Gilvan de “covarde” e disse que ele precisava “se enrolar em uma bandeira (do Brasil) para enganar as pessoas”. Em seguida, o bolsonarista teve que ser contido para evitar agressão física.

Em outro episódio em abril de 2023, o bolsonarista Zé Trovão (PL-SC) e o governista Duarte Júnior (PSB-MA) quase partiram para a agressão física durante sessão na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Eles precisaram ser contidos por policiais legislativos após trocarem empurrões em audiência com o então ministro da Justiça Flávio Dino.

Ânimos acirrados 

Tapa no rosto: Washington Quaquá (PT-RJ) deu um tapa em Messias Donato (Republicanos-ES) durante a sessão de promulgação da Reforma Tributária. Bolsonaristas xingavam o presidente Lula, irritando Quaquá.

Bate-boca e palavrões: Durante audiência na Comissão de Segurança Pública com o então ministro da Justiça, Flávio Dino, Zé Trovão (PL-SC) e Duarte Júnior (PSB-MA) protagonizaram um bate-boca cheio de xingamentos.

Fala gera confusão: Pronunciamento no plenário de Paulo Guedes (PT-MG), que rebateu críticas a Lula feitas pelo bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES), acabou em confusão. Foi preciso deputados apartarem a briga.

 

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