Domingo, 23 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de abril de 2017
O ataque com mísseis que os Estados Unidos realizaram na semana passada contra a base aérea de Shayrat, perto de Homs, na Síria, destruiu aproximadamente 20% do poderio aéreo do governo de Bashar al-Assad, assegurou nesta segunda-feira (10) o secretário americano da Defesa, Jim Mattis.
“A avaliação do departamento de Defesa é que o ataque deixou como resultado danos ou a destruição de depósitos de munição e combustíveis, capacidade de defesa aérea e 20% de todos os aviões sírios operacionais”, afirma Mattis em uma nota.
Um funcionário do Pentágono disse que o governo sírio provavelmente tem reservas de armas químicas na base, mas esse arsenal ficou deliberadamente intacto no ataque.
Especialistas de Inteligência dos Estados Unidos avaliam se o Exército do presidente sírio, Bashar al-Assad, esconde essas armas em depósitos de munições na base, disse o coronel John Thomas, porta-voz do Comando Central americano.
O presidente Donald Trump ordenou na semana passada o bombardeio dessa base em represália a um “bárbaro” ataque químico, do qual acusa al-Assad, que deixou 86 mortos no dia 4 de abril.
“Suspeitamos que há uma significativa probabilidade de que haja mais armas químicas que poderiam estar prontas para serem lançadas […], motivo pelo qual não bombardeamos” essas instalações, disse Thomas à imprensa.
O Pentágono não quis disparar contra essas reservas químicas para não se arriscar a gerar uma nuvem de gás tóxico sobre algumas regiões da Síria.
Os Estados Unidos estão convencidos de que al-Assad está armazenando armas químicas, mas os analistas de inteligência não sabem com certeza do que se trata.
Bashar al-Assad deveria ter dado fim ao arsenal químico da Síria, em cumprimento a um acordo de 2013, e enviá-las à Rússia.