O Senado elevou o nível de segurança da Casa para 4, o mais alto da Polícia Legislativa. Além do aumento do efetivo policial e de cães circulando nos corredores e arredores do prédio, as visitas guiadas, com grupos de pessoas, como escolas, estarão proibidas por tempo indeterminado.
Apenas servidores, jornalistas credenciados, ou visitantes com horário marcado com parlamentares poderão acessar o prédio. A Polícia ainda quer fechar o acesso de veículos não autorizados pela chapelaria definitivamente, local considerado “muito frágil”.
O homem que explodiu bombas na Praça dos Três Poderes e no estacionamento do anexo 4 da Câmara dos Deputados, Francisco Wanderley Luiz, esteve no Senado no ano passado. Não houve registros de visitas neste ano.
A chapelaria é um espaço coberto que fica no nível inferior dos plenários da Câmara e do Senado. Até quarta (13), qualquer carro poderia descer no local para deixar passageiros que queiram acessar as Casas. O chefe da Polícia Legislativa do Senado, Alessandro Morales, disse que conversaria com o presidente Rodrigo Pacheco para que o espaço seja fechado ao público.
“Primeira coisa que vamos tomar providencia é impedir a descida de carros na chapelaria. Nossa chapelaria é muito frágil. A primeira medida é proibir Uber, táxi, visitante, marido, cônjuge que vai buscar servidores, curiosos. Acho que é o único lugar do mundo em que o parlamento é tão sensível. Esse carro poderia estar na chapelaria e explodido tudo.”
Morales ainda disse que o nível 4 de segurança será mantida na casa até segunda ordem, com triagem mais cuidadoso de visitantes, que poderão acessar a Casa apenas se tiverem autorização de um dos gabinetes de parlamentares. Ele ainda conta que carros de polícia estão fazendo rondas constantes na Residência Oficial do presidente do Senado Rodrigo Pacheco e nas quadras do plano piloto onde moram os senadores.
“Estamos no nível 4 de segurança, aumento o policiamento, restrição de acesso, uma presença mais ostensiva de policiamento e cães. Ontem, a noite todo passou carro da polícia na casa do presidente, na quadra onde ficam os senadores. Vamos manter esse nível até segunda ordem. A triagem dos visitantes será maior. A biblioteca nossa é aberta para o público em geral, visitação será fechada. Agenda de parlamentares continuam. Grupos de museus, escolas, tour guiado, para isso tudo é fechado.”
A Polícia Legislativa, em conjunto com a Polícia Federal também monitora comentários nas redes sociais com possíveis ameaças ao Congresso Nacional. De acordo com Morales, foi encontrada um mensagem que dizia, por exemplo, “deveriam ter jogado a bomba na Câmara e no Senado”.