Poucos meses após os ataques ao jornal satírico Charlie Hebdo, o terror voltou multiplicado a Paris, na França. O estilo da ação extremista, coordenada e envolvendo armamentos pesados e explosivos, demonstrou o fracasso do reforço no policiamento da capital francesa.
Ao longo do ano, turistas contornavam grupos de soldados com fuzis em frente a pontos sensíveis, como as sinagogas e as lojas judaicas no bairro de Marais. Na sexta-feira, um dos ataques ocorreu justamente em um restaurante perto da redação do Charlie Hebdo.
Todos os sinais do atentado indicaram o tipo de terrorismo que emergiu com a Al Qaeda, rede fundada por Osama bin Laden: coordenação, alvos que simbolizam o que o jihadismo vê como a decadência ocidental (restaurantes, boates, eventos de massa) e um sentido de espetacularização da violência.
O grupo radical muçulmano EI (Estado Islâmico) assumiu o ataque poucas horas depois que o som estarrecedor das bombas e o matraquear incessante dos fuzis AK-47 e Kalashnikov de seus seguidores deixaram dezenas de mortos e feridos nas ruas antes alegres de Paris.
Ao proclamar que derrubou um airbus russo no Sinai, há poucos dias, o EI assustou o mundo e confirmou a expansão do seu terror aos soft targets: a indústria turística. (Folhapress)