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Mundo Ataques da Rússia deixam Kherson, no Sul da Ucrânia, sem eletricidade

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Em sua retirada da cidade ucraniana, as forças da Rússia causaram graves danos na rede de abastecimento de luz e, desde então, a eletricidade está instável

Foto: Divulgação
Em sua retirada da cidade ucraniana, as forças da Rússia causaram graves danos na rede de abastecimento de luz e, desde então, a eletricidade está instável. (Foto: Divulgação)

A cidade de Kherson, no Sul da Ucrânia, enfrenta um apagão elétrico total após ataques russos nas últimas 24 horas, disse o prefeito da região. “Kherson está completamente sem energia devido ao bombardeio inimigo”, escreveu Yaroslav Yanushevich no Telegram. “O bombardeio pesado de infraestrutura crítica no distrito de Korabelny da cidade continua. Na primeira oportunidade, os engenheiros de energia começarão a restaurar a rede elétrica.”

Kherson foi o primeiro grande centro urbano a cair nas mãos das tropas russas após a invasão em fevereiro, e foi a única capital regional capturada pelas forças russas, ficando oito meses sob jugo de Moscou. A cidade foi uma das áreas anexadas ilegalmente pela Rússia em setembro, até ser retomada em novembro por forças da Ucrânia.

Outros serviços

Em sua retirada, as forças da Rússia causaram graves danos na rede de abastecimento de luz e, desde então, a eletricidade está instável. Ataques contra a infraestrutura da Ucrânia também têm interrompido serviços básicos, como eletricidade e gás, em outras partes do país. Na semana passada, 1,5 milhão de pessoas ficaram sem eletricidade em Odessa, no Sudoeste.

Os efeitos desses ataques se agravam conforme as temperaturas se tornam cada vez mais congelantes, e a população civil se vê sem acesso a aquecimento. Parte da ajuda que outros países oferecem à Ucrânia nas últimas semanas consiste em geradores de eletricidade.

Segundo o governador Yanushevych, Kherson foi atingida 86 vezes por “artilharia, MLRS, tanques, morteiros e UAVs” nas últimas 24 horas. Os bombardeios têm como alvo o distrito de Korabelny.

Um ataque ocorreu a “100 metros” do prédio da administração regional de Kherson, que também foi atacado na quarta-feira, de acordo com o vice-chefe do Gabinete Presidencial da Ucrânia, Kyrylo Tymoshenko, que falou em dois mortos.

Na véspera, ataques mataram três pessoas e feriram outras 13, incluindo um menino de 8 anos, disse Yanushevych.

‘Dificuldades extremas’

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnudh) alertou que novos ataques à infraestrutura da Ucrânia podem levar a uma “séria deterioração” na situação humanitária e provocar mais deslocamentos. Falando no Conselho de Direitos Humanos após uma viagem à Ucrânia, o chefe do Acnudh, Volker Turk, disse que os ataques russos estão expondo milhões de pessoas a “dificuldades extremas”.

Turk disse que seu escritório documentou as execuções sumárias e assassinatos diretos de centenas de civis em três regiões da Ucrânia desde o início da invasão , em 24 de fevereiro, até 6 de abril. Apresentando um relatório de seu escritório, Turk disse que as mortes diretas de 341 homens, 72 mulheres, 20 meninos e oito meninas foram documentadas em 102 aldeias e cidades nas regiões de Kiev, Chernihiv e Sumy.

— É provável que os números reais sejam consideravelmente maiores, pois estamos trabalhando para corroborar outros 198 supostos assassinatos nessas regiões — disse ele ao conselho. — Há fortes indícios de que as execuções sumárias documentadas no relatório possam constituir crime de guerra de homicídio doloso.

Fim da guerra

O portal americano Politico noticiou que União Europeia (UE) e a Otan (aliança militar liderada pelos EUA) estão prestes a emitir uma declaração formal conjunta prometendo apoio total a Kiev e uma ordem para que a Rússia pare a guerra e deixe a Ucrânia.

Segundo um esboço da declaração a que o veículo teve acesso, os diplomatas concordaram em “apoiar totalmente o direito inerente da Ucrânia à autodefesa e escolher seu próprio destino”, e os países dizem que “a guerra brutal da Rússia (…) exacerbou uma crise alimentar e energética que afeta bilhões de pessoas em todo o mundo”.

A declaração deve ser divulgada no máximo até o início de 2023, podendo vir a público ainda na semana que vem.

Nesta quinta-feira, os líderes da UE reuniram-se em Bruxelas para a sua última cúpula do ano. Os países não chegaram a um acordo sobre um nono pacote de sanções contra a Rússia, disseram diplomatas. Na quarta, estiveram próximas de um pacto, mas Polônia e alguns outros países ainda permanecem com discordâncias.

As novas sanções contra Moscou foram suspensas por desacordo sobre se a UE deveria facilitar a passagem das exportações russas de fertilizantes por portos europeus, inclusive no caso de empresas de fertilizantes pertencentes a oligarcas na lista de pessoas sob sanções.

Advertência contra o envio de Patriots

Nesta quinta-feira, o Kremlin reagiu à informação de que os EUA se preparam para enviar mísseis Patriot, um de seus mais avançados sistemas de defesa antiaérea, para a Ucrânia. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os Patriots seriam “definitivamente” um alvo para a Rússia, mas que não comentaria relatos não confirmados da imprensa.

Os Patriots podem ser usados contra aeronaves, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos. As informações de que a Ucrânia os receberá circularam na imprensa americana, sendo considerados uma reação à informação de que a Rússia pretende usar drones iranianos no conflito.

A embaixada da Rússia em Washington disse que a transferência proposta dos mísseis Patriots era provocativa e poderia levar a consequências imprevisíveis. “Mesmo sem fornecer Patriots, os Estados Unidos estão se aprofundando cada vez mais no conflito na república pós-soviética”, escreveu a missão em seu canal Telegram.

Nesta quinta-feira, em mais um sinal nuclear, os militares russos carregaram um míssil balístico Yars, capaz de carregar ogivas nucleares, em um lançador de silo na região de Kaluga, a 150km de Moscou. O Ministério da Defesa divulgou um vídeo para marcar o evento, pouco antes do “Dia das Forças de Mísseis Estratégicos” da Rússia.

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