O adolescente americano de 14 anos que matou quatro pessoas a tiros em sua própria escola secundária compareceu na sexta-feira (6) a uma audiência transmitida ao vivo para ouvir as acusações contra ele. O pai do garoto, Colin Gray, de 54 anos, foi preso na noite de quinta-feira (5) e também compareceu diante do juiz.
O jovem Colt Gray entrou algemado no tribunal, dois dias depois de matar dois professores e dois estudantes na escola secundária Apalachee, localizada em Winder, cerca de 70 quilômetros a nordeste de Atlanta. Ele também feriu outras nove pessoas.
O adolescente respondeu às perguntas do juiz que presidia a audiência, Currie Mingledorff. O magistrado, inicialmente, informou ao jovem que ele poderia ser condenado até mesmo à pena de morte, embora depois tenha corrigido sua declaração, explicando que esta não poderia ser aplicada devido ao fato de o atirador ter menos de 18 anos – a pena máxima seria a perpétua. Gray está sendo acusado de quatro assassinatos.
Seu pai, acusado de permitir acesso livre a um fuzil, com o qual havia presenteado o filho, também compareceu à audiência. Ele estava vestido com um uniforme listrado. Colin Gray pode ser condenado a até 180 anos de prisão, por acusações de homicídio culposo.
Ele também é acusado de ter ignorado vários sinais de alerta relacionados ao comportamento de seu filho. Em maio de 2023, dois policiais foram à casa da família após serem alertados pelo FBI, que havia detectado o envio de mensagens ameaçando um ataque armado a uma escola.
O incidente na Georgia faz parte de uma série de tragédias semelhantes que assolam os EUA há anos. Ele reacendeu o debate sobre a violência armada no País, a dois meses das eleições presidenciais.
Alerta de pânico
Botões de alerta de pânico usados pelos professores da escola de ensino médio na Geórgia os ajudaram a alertar as autoridades policiais sobre o ataque realizado pelo adolescente de 14 anos nessa quarta-feira (4).
O caso aconteceu na Apalachee High School, na cidade de Winder, que fica próxima a Atlanta. O adolescente matou quatro pessoas e deixou outras nove feridas.
Segundo o departamento de investigação estadual da Geórgia, o botão de alerta de pânico foi instalado nos crachás dos professores cerca de uma semana antes do ataque. Vários professores pressionaram os botões de pânico durante os disparos do adolescente.
Logo após o início dos disparos, por volta das 10h23 pelo horário local (11h23, em Brasília), o campus da escola entrou em lockdown.
A polícia informou que enviou equipes para o colégio assim que foi notificada do ataque. Minutos depois, os agentes entraram na instituição. Às 10h26 no horário local, o atirador foi rendido pelos policiais e se entregou, segundo o departamento de investigação da Geórgia.
O Diretor do Departamento de Investigação da Geórgia, Chris Hosey, disse que os professores e funcionários da escola agiram de forma heroica durante o ataque. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e do portal de notícias G1.