Uma escola com 2 mil alunos no Estado da Georgia, nos Estados Unidos, foi alvo de um atirador nesta quarta-feira (4). Ele disparou contra os estudantes. Quatro pessoas morreram e outras nove ficaram feridas, segundo a polícia. O caso aconteceu na Apalachee High School, colégio de ensino médio do condado de Barrow, na cidade de Winder. O município fica nos arredores da capital da Georgia, Atlanta.
Colt Gray, de 14 anos, é um aluno da escola e está sob custódia, disse Chris Hosey, diretor do Gabinete de Investigação da Geórgia, em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira. Gray será acusado de assassinato e será julgado como adulto, Hosey acrescentou. Segundo o diretor da investigação, dois estudantes e dois professores foram mortos no ataque na escola.
“Há quatro indivíduos que morreram neste incidente. Nove que foram levados para hospitais locais com vários ferimentos. Dos que morreram, dois eram estudantes e dois eram professores aqui na escola”, Hosey afirmou.
A polícia chegou ao local “em minutos”, afirmou Hosey, além de dois agentes de recursos escolares que foram designados para a Apalachee High. Os agentes de recursos “imediatamente encontraram o sujeito em poucos minutos após este relatório ser divulgado”, disse.
“Assim que encontraram o sujeito, ele imediatamente se rendeu a esses agentes e foi levado sob custódia”, acrescentou.
As autoridades não estão cientes de nenhuma conexão entre o suposto atirador e as vítimas, disse o xerife na entrevista coletiva desta quarta.
“Nenhuma que eu saiba”, disse o xerife do Condado de Barrow, Jud Smith, em resposta a uma pergunta de um repórter sobre se havia uma conexão anterior.
“Obviamente, o atirador estava armado e nosso oficial de recursos da escola entrou em contato com ele, e o atirador rapidamente percebeu que, se não desistisse, isso terminaria com um OIS — um tiroteio envolvendo policiais. Ele desistiu, caiu no chão e o delegado o levou sob custódia”, disse Smith.
Em um comunicado oficial, a polícia local disse ter sido avisada sobre tiros na escola por volta das 10h23 pelo horário local (11h23, em Brasília). Dezenas de agentes foram enviados, e um suspeito foi detido. A polícia entrou no prédio principal da escola e conseguiu retirar centenas de alunos. Eles foram levados ao campo de futebol americano do colégio.
Imagens aéreas transmitidas pelo canal de notícias local “WJCL” mostram a movimentação intensa de pessoas, além de viaturas e ambulâncias. De acordo com o jornal local “Athens Banner-Herald”, a escola enviou uma mensagem aos pais às 10h45 do horário local (11h45, em Brasília), dizendo:
“Apalachee High School está sob lockdown rígido após relatos de tiros. A polícia está aqui. Por favor, não tente vir à escola neste momento enquanto os policiais trabalham para proteger a área.”
O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, disse que o FBI e o Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos estão no local do tiroteio investigando o incidente. Garland afirmou também que o Departamento de Justiça americano está preparado para fornecer recursos e apoio nos próximos dias.
Por determinação policial, todas as escolas do condado foram fechadas como “medida de precaução”. As autoridades também informaram que relatos de tiros aos arredores de outros colégios são falsos.
Às 12h (13h, em Brasília), um porta-voz disse que o incidente estava sob controle e que os alunos estavam sendo liberados.
A Casa Branca prestou solidariedade a todos os afetados pelo incidente. “Os estudantes de todo o país estão aprendendo a se agachar e se refugiar em vez de aprender a ler e escrever. Não podemos continuar aceitando isso como algo normal”, escreveu Joe Biden. A vice-presidente e candidata à Casa Branca, Kamala Harris, afirmou em um evento de campanha que o incidente é uma “tragédia sem sentido” e que é necessário acabar com a “epidemia de violência com armas”.
Em entrevista à ABC News, o estudante Sergio Caldera, de 17 anos, contou que estava na aula de química quando os tiros começaram a ser ouvidos.
“Minha professora abriu a porta para ver o que estava acontecendo. Outra professora veio correndo e falou para ela fechar a porta porque tinha um atirador.”
Ainda segundo o aluno, a professora trancou a porta, e todos correram para o fundo da sala enquanto ouviam gritos do lado de fora. Ele disse que, em determinado momento, alguém bateu na porta da sala e ordenou: “Abram!”. Quando as batidas pararam, Caldera disse que ouviu mais tiros e gritos. As informações são do portal de notícias G1.