Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de outubro de 2015
O atirador que invadiu uma universidade no Oregon, nos EUA, e fez disparos matando pelo menos nove pessoas na quinta-feira (1º) questionou a religião das vítimas antes de atirar, disseram testemunhas do massacre. O suspeito também morreu após uma troca de tiros com a polícia, e sete pessoas ficaram feridas.
O pai de uma sobrevivente disse à CNN que ele perguntou às vítimas se elas eram cristãs. “Ele disse ‘Bom, porque você é cristão, você vai encontrar Deus em cerca de um segundo'”, disse Stacy Boylan, pai de Anastasia Boylan, uma das jovens feridas no ataque. Após a pergunta, o atirador começou a fazer os disparos.
Outra testemunha disse ao jornal Roseburg News-Review que o atirador perguntou a religião dos estudantes antes de atirar. Kortney Moore, de 18 anos, disse que viu seu professor ser atingido na cabeça e que o atirador disse para todos se deitarem no chão. Depois, o atirador pediu para as pessoas se levantarem e dizerem suas religiões e, então, começou a disparar, disse a estudante ao jornal local.
O autor do massacre na Umpqua Community College foi identificado pela imprensa americana como Chris Harper Mercer, de 26 anos. As emissoras dizem que o nome foi revelado por diversas fontes policiais. A polícia ainda não divulgou seu nome oficialmente e nem deu detalhes sobre as investigações, mas fez buscas na casa onde ele vivia e falou com seus familiares e amigos. Vizinhos disseram que o suspeito era uma pessoa reclusa.
Mercer aparece com armas em fotos publicadas em uma conta do MySpace que acredita-se que era dele. Segundo a CNN, ele estava com quatro armas, três delas pequenas, e com um colete a prova de balas.
Obama.
O presidente Barack Obama agradeceu aos policiais que agiram no local e lamentou as mortes em pronunciamento na Casa Branca, em Washington. Disse que seus “pensamentos e orações” estão com as famílias das vítimas, mas que dizer isso não é suficiente”. O presidente criticou a facilidade de se obter armas no país e disse que as mortes em massa já viraram “rotina”.
“Não deveria ser tão fácil para uma pessoa que queira ferir outras pessoas conseguir uma arma”, afirmou o presidente, sem esconder sua irritação. “Qualquer pessoa que faça isso tem uma doença em sua mente”, disse. “Somos uns dos maiores países que assiste a essas mortes em massa a cada mês”.
Em seu discurso, disse que o país gasta trilhões de dólares para impedir ataques terroristas no país, mas que o Congresso impede a reunião de dados sobre mortes por armas. E pediu ao Congresso para legislar sobre o controle de armas. (AG)