As estrelas da 97ª Corrida Internacional de São Silvestre, que ocorreu na manhã deste sábado (31), vieram, mais uma vez, de países da África. Atletas de Quênia, Uganda, Etiópia e Tanzânia dominaram o pódio da tradicional prova que encerra o ano esportivo brasileiro. Entre as mulheres, a queniana Catherine Reline, de apenas 20 anos, liderou os 15 km da corrida de ponta a ponta e venceu a São Silvestre 2022 com o tempo de 49min39s. Entre os homens, a vitória foi de Andrew Kwemoi, que se tornou o primeiro campeão de Uganda, com o tempo de 44min43s.
Keline não teve adversária. As etíopes Yimer Wude e Kabebush Yisma fecharam em segundo e terceiro lugares, respectivamente, mas nunca ameaçaram a vitória da queniana. A brasileira mais bem colocada foi Jenifer Nascimento, terceira colocada no ano passado, e que dessa vez cruzou a linha de chegada em quarto lugar.
Já Andrew Kwemoi teve mais trabalho. Isso porque Joseph Panga, da Tanzânia, esteve na sua cola o tempo todo, mas não conseguiu superá-lo e ficou com a segunda colocação, seguido por outro atleta de Uganda, Maxwell Rotich. O melhor brasileiro foi Fábio Jesus Correia, que comemorou muito seu quarto lugar, e chorou emocionado.
Além dos atletas de elite, milhares de amadores tomaram conta da avenida Paulista, somando 32 mil corredores. A principal prova de rua da América Latina tem atletas de todos os estados e dezenas de nações para correr os 15km de avenidas e ruas paulistanas.
Copos plásticos
Os copos plásticos de água que foram distribuídos aos participantes da 97ª Corrida Internacional de São Silvestre serão reciclados. O material será transformado em mesas e cadeiras que vão ser doadas a escolas. Este é o terceiro ano da ação, realizada pela parceria do Movimento Plástico Transforma com a Fundação Cásper Líbero e a Yescom.
Foram distribuídos cerca de 500 mil copos plásticos que, após o consumo da água, foram descartados nas vias. Uma equipe contratada pelo Movimento coletará as embalagens, que serão transportadas até uma unidade de reciclagem, onde ocorrerá a fabricação da matéria-prima plástica e que, posteriormente, dará origem a novos produtos.
Com a ação, o evento almeja atingir resíduo zero de material plástico, ou seja, nenhum copo ser transportado aos aterros sanitários. Um dos objetivos da iniciativa é promover a destinação adequada dos resíduos plásticos gerados durante o evento, além da conscientização do público.
Em 2021, a ação transformou os copos plásticos coletados e reciclados em 1,2 mil caixas organizadoras que beneficiaram mais de 6 mil alunos de escolas públicas de São Paulo. Em 2019, as embalagens foram transformadas em 1,8 mil lixeiras, doadas para escolas públicas das cidades de Jaguariúna e São Carlos, no interior do estado.