Segunda-feira, 14 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 6 de abril de 2025
Manifestação levou milhares de pessoas para a Avenida Paulista
Foto: Reprodução de TVJair Bolsonaro (PL), aliados políticos e milhares de apoiadores do ex-presidente participaram, na tarde deste domingo (6), de um ato na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo. A manifestação, convocada por Bolsonaro, pediu anistia aos envolvidos nos ataques extremistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.
Estiveram presentes no ato os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil); e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, de parlamentares e do pastor Silas Malafaia, um dos organizadores da manifestação.
O ato começou por volta das 14h com uma oração puxada pela deputada federal Priscila Costa (PL-CE), vice-presidente do PL Mulher. Houve discursos em defesa do projeto de lei em tramitação na Câmara que concede anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos. O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou haver uma articulação forte para colocar o texto em votação.
Também foram feitas críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal), como na fala do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que chamou os ministros de “ditadores de toga”.
Michelle Bolsonaro
Do alto do trio elétrico, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pediu uma “anistia humanitária” aos condenados pelos ataques extremistas. Segurando um batom na mão, ela saiu em defesa da cabeleireira Débora Rodrigues Santos, presa por ter pichado com um batom a estátua “A Justiça”, em frente ao STF, em Brasília.
Vários manifestantes, vestidos de verde e amarelo, também levavam nas mãos batons infláveis em referência ao caso da cabeleireira. Débora é ré no STF não só pela pichação com os dizeres “perdeu, mané”, mas também por ter aderido, segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), ao movimento golpista. Ela é suspeita também de apagar provas, obstruindo o trabalho de investigadores e da Justiça.
Bolsonaro é reu por tentativa de golpe
No mês passado, a Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, tornar réus o ex-presidente Bolsonaro e mais sete aliados por tentativa de golpe após as eleições de 2022. Os cinco ministros do colegiado votaram para aceitar a denúncia apresentada pela PGR.
Agora, os acusados passaram a responder a um processo penal que pode levar a condenações com penas de prisão. Esses oito nomes compõem o chamado “núcleo crucial” da tentativa de ruptura democrática, segundo a PGR.