O Grupo de Diálogo Inter-Religioso de Porto Alegre e membros da sociedade civil do Rio Grande do Sul promoveram um ato contra o terrorismo nesta segunda-feira (23), no Theatro São Pedro, na capital gaúcha. O movimento simboliza um compromisso em conjunto pela busca da paz frente aos recentes conflitos que estão assolando o Oriente Médio.
O governador Eduardo Leite, o vice Gabriel Souza e o prefeito Sebastião Melo marcaram presença na manifestação, bem como diversas autoridades e lideranças do meio empresarial, político, cultural, religioso e do terceiro setor. No evento também foi divulgado um manifesto pela paz. Confira o documento na íntegra:
“Em um mundo repleto de diversidade e complexidade, erguemos as nossas vozes e abrimos os nossos corações em nome da paz, da coexistência e da compreensão mútua.
Lamentamos profundamente cada vida perdida. O conflito no Oriente Médio tem causado dor e sofrimento a todos os envolvidos. É nosso dever unir forças em busca de uma solução pacífica e duradoura.
Reconhecemos que israelenses e palestinos enfrentam desafios e preocupações legítimas. Mas a violência e o terrorismo só perpetuam o ciclo de dor, prejudicando famílias, comunidades e, acima de tudo, o objetivo fundamental de alcançar a paz.
Por isso levantamos sempre nossa voz contra o terrorismo. Temos, aqui no Brasil e especialmente em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul, um modelo de convivência pacífica e harmoniosa entre comunidades de origens étnicas e de religiões diferentes.
É esse o modelo que devemos exportar, em vez de importar a lógica do conflito, que só serve a interesses oportunistas, egoístas e desconectados do verdadeiro esforço para a construção de um futuro melhor.
Apelamos aos líderes, à comunidade internacional e a todos os cidadãos do mundo para:
Condenar todos os atos de terrorismo e violência e buscar soluções pacíficas para os conflitos.
Trabalhar em prol de uma solução de dois estados, com fronteiras internacionalmente reconhecidas, onde Israel e Palestina possam coexistir de maneira segura e independente, com respeito e reconhecimento mútuo.
Exigir a libertação imediata e incondicional dos reféns mantidos pelos terroristas do Hamas, bem como o acesso imediato da ajuda humanitária à população na região em conflito.
Entendemos que as diferenças significam soma e não divisão. Acreditamos que a paz é possível. Seguimos acreditando em um futuro no qual todos possam viver lado a lado, em segurança e harmonia. E construindo pontes para um amanhã pacífico. O momento de agir é agora. E essa ação começa dizendo: somos a favor da paz e contra o terrorismo.”