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Cinema e TV Ao longo de 60 anos, o ator Donald Sutherland apareceu em quase 200 filmes e programas de TV, com papéis ora cativantes, ora ameaçadores

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Perfeccionista, lamentava os filmes que fracassaram: "Quando estou errado, fico realmente maluco", dizia. (Foto: Reprodução)

Donald Sutherland, ator dono de uma trajetória que o levou da TV a clássicos do cinema, passando por filmes de aventura e suspense – e pela recente atuação como o vilão Presidente Snow na saga Jogos Vorazes, morreu aos 88 anos na última quinta-feira (20). A notícia foi confirmada por seu filho, o também ator Kiefer Sutherland.

De acordo com a revista Variety, o ator morreu após lutar “longamente contra uma doença”. “Com o coração pesado, conto a vocês que meu pai, Donald Sutherland, faleceu. Eu o considero um dos maiores atores na história do cinema. Nunca assustado por um papel, bom, ruim ou feio. Ele amou o que fez e fez o que amava, e nunca se pode pedir mais do que isso. Uma vida bem vivida”, escreveu nas redes sociais.

Famoso pela sua participação em diversas produções, como M.A.S.H. e Orgulho e Preconceito, foi vencedor do Emmy (com o filme Cidadão X, em 1995), Globo de Ouro (em 2003, por Bastidores da Guerra) e recebeu uma Oscar honorário (em 2018).

Ao longo de seis décadas, começando no início dos anos 1960, ele apareceu em quase 200 filmes e programas de TV; em alguns anos, participou de meia dúzia de longas. Sua capacidade camaleônica de ser cativante em um papel, ameaçador em outro e apenas estranho em um terceiro atraiu os diretores, entre eles Fellini, Robert Altman, Bernardo Bertolucci e Oliver Stone.

“Trabalhar com esses caras incríveis foi como me apaixonar”, Sutherland disse sobre esses cineastas. “Eu era seu amante, seu amado.”

M.A.S.H.

Alguns de seus papéis mais memoráveis estão entre 1970 e 1981, quando ele esteve em 34 filmes, muitas vezes interpretando homens que andavam na linha tênue entre a sanidade e a loucura – e às vezes apagavam essa linha. Seu fascista em 1900, de Bertolucci (1976), e seu espião assassino da 2.ª Guerra em O Buraco da Agulha (1981) foram exemplos de sua capacidade para o grotesco e o sinistro. Mas ele também podia ser irreverente, como Hawkeye Pierce, um insolente cirurgião em M.A.S.H. (1970), de Robert Altman, ambientado na Guerra da Coreia.

Dez anos depois, ele ampliou ainda mais seu alcance emocional em Gente Como a gente, a estreia de Robert Redford como diretor, no qual ele interpretou um marido e pai lutando para manter sua família unida após morte do filho. Um dos papéis mais polêmicos do ator foi em Inverno de Sangue em Veneza (1973), de Nicolas Roeg, que tem conotações sobrenaturais.

Sutherland estava tão ocupado correndo entre projetos de filmes que vivia a vida quase como se estivesse estacionado em fila dupla. Desempenhos bem recebidos incluíram o misterioso X em JFK (1991), de Oliver Stone, o gentil Bennet em Orgulho e Preconceito (2005), um astronauta lascivo em Cowboys do Espaço (2000) e o presidente na distópica série Jogos Vorazes dos anos 2010. Mas também houve problemas – seja por seu contador reprimido em O Dia do Gafanhoto (1975) ou por seu médico rural em Aprendiz de Assassino (1988). Perfeccionista, lamentava os filmes que fracassaram: ‘Quando estou errado, fico realmente maluco’, dizia.

Sutherland frequentou a Universidade de Toronto, graduou-se em 1956, mas o bichinho da atuação já o havia picado. Em seguida, foi estudar na Academia de Música e Arte Dramática de Londres, mas desistiu um ano depois, em favor do trabalho real no palco.

Seu aprendizado foi com companhias de repertório na Inglaterra, salpicadas de pequenos papéis nos palcos de Londres e, de vez em quando, na televisão britânica. Ele chamou a atenção de um produtor e diretor de cinema italiano, Luciano Ricci, que o escalou para um filme de 1964, O Castelo dos Mortos-Vivos. Seguiram-se, em 1965, obras com títulos pouco atraentes como As Profecias do Dr. Terror, de 1965.

“Sempre fui escalado como um maníaco artístico homicida”, Sutherland disse ao The Guardian em 2005. “Mas pelo menos eu era artístico.” Suas performances eram artísticas o suficiente para chamar a atenção de cineastas talentosos e, em 1967, ele era um de Os Doze Condenados, clássico de guerra dirigido por Robert Aldrich.

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