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Armando Burd Atores e atrizes

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Palco de confusões

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Só quem acompanha as sessões plenárias ao longo do ano pela TV Senado não se impressionou com o festival de tropelias, quinta-feira e ontem. Sucederam-se bate-bocas, tentativas de procrastinação, acusações e desqualificação de testemunhas. Educação e decoro ficaram em casa. A competição é forte para se destacar e ganhar espaço nos noticiários nacionais como autor das frases e atitudes mais agressivas.

CRONÔMETROS REGISTRAM
Ao final do julgamento do impeachment, será entregue troféu ao parlamentar que fizer a pergunta mais longa. Dão aula de conhecimento duvidoso, que já contém a resposta. É uma das especialidades de Suas Excelências. Depois, querem que a testemunha discorra com brevidade.

A FICHA
Luiz Gonzaga Belluzzo, que ontem foi o primeiro a defender a presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, tem longa história. Entre 1974 e 1992, foi assessor econômico do PMDB, além de secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no governo Sarney. Quando Collor assumiu, sugeriu o criminoso confisco da poupança como fórmula para resolver o problema da Economia. O presidente topou.

QUEDA LIVRE
Há exato um ano, os jornais trouxeram como manchete: “Produto Interno Bruto mergulha e recessão se alonga”. O governo federal não teve forças para enfrentar a queda de investimentos e consumo, além do aumento do desemprego. Foi o que impulsionou a abertura do processo de impeachment.

TOCOU O DESPERTADOR
Entidades de setores produtivos se manifestam, exigindo providências urgentes para aumentar a segurança. Acordaram-se tardiamente. Ao longo de muitos anos, olharam passivamente a má aplicação de recursos e o crescimento vertiginoso da dívida pública. Hoje, o governo está sem dinheiro para contratar 3 mil soldados. É o que a Brigada Militar tem a menos em relação a 2003 para o policiamento de Porto Alegre.

ONDE ESTÁ O DINHEIRO?
A Assembleia Legislativa, enfim, partiu para a cobrança. Em nota, a Presidência afirma: “É chegada a hora de o Poder Executivo nos mostrar mais energia e eficiência no enfrentamento à criminalidade e ao caos que já nos leva aos perigosos limites da desobediência civil.”
Além das palavras, o Legislativo, ao analisar o orçamento estadual de 2017, próximo de 30 bilhões de reais, precisará usar a tesoura em vários setores. Não haverá outra saída para sobrar dinheiro suficiente e permitir a contratação do efetivo policial que falta.

RÁPIDAS
* Próxima pesquisa eleitoral precisa incluir a pergunta: lembra em que votou para vereador na última eleição?
* A 28 de agosto de 1956, começou a tramitar projeto para aumentar de 326 para 383 o número de integrantes da Câmara dos Deputados. Hoje, são 513.
* Concorrerão à Prefeitura de Xangri-Lá: Antonio Carvalho (PMDB), Celso Barbosa (PTB) e Cilon da Silveira (PDT).
* Há candidatos preparados para serem mais aplaudidos pelas promessas do que por aquilo que farão, se eleitos.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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