Blake Lively está processando o ator e diretor Justin Baldoni por assédio sexual durante gravações de “É assim que acaba”. As informações são do TMZ. Segundo a publicação, a atriz também cita na ação que existia um “esforço coordenado para destruir sua reputação”.
Lançado no início de agosto, o longa esteve rodeado de polêmicas desde o início. Uma briga teria acontecido nos bastidores, de acordo com os sites americanos TMZ e The Hollywood Reporter.
O desentendimento teria ocorrido entre Blake e Justin, que além de protagonizar, também é diretor do filme. Além disso, a confusão envolveria o ator Ryan Reynolds, que não está no elenco, mas é marido da atriz e participou da promoção da produção.
A defesa de Baldoni chama as acusações de Blake de “falsa tentativa da atriz para recuperar reputação”, afirmando que as acusações são “falsas, ultrajantes e indecentes, tendo como intenção prejudicar o ator publicamente”.
De acordo com os documentos obtidos pelo TMZ, as coisas foram tão mal durante a filmagem do filme que houve uma reunião geral para abordar o que a atriz afirmava ser um ambiente de trabalho hostil. Ryan Reynolds, marido de Blake, estava entre os participantes dessa reunião.
Entre as demandas declaradas nessa reunião, estavam pedidos relacionados à conduta de Baldoni. Entre eles, pedidos para que o ator e diretor não mostrasse mais nudes de mulheres para Blake, não mencionasse mais seu antigo vício em pornografia, não abordasse mais suas conquistas sexuais, não fizesse mais nenhuma menção sobre a genitália do elenco e produção, não questionasse mais sobre o peso da atriz e nem mencionasse mais a morte de seu pai.
Outra exigência citava ainda que não houvesse nenhuma “adição de cenas de sexo, sexo oral ou clímax diante das câmeras fora do escopo do roteiro aprovado por Blake ao assinar o projeto”.
Vale lembrar que, segundo fontes ouvidas pelo site TMZ na época do lançamento do filme, Blake teria se sentido desconfortável com Baldoni durante as filmagens. O diretor teria perguntado o peso da atriz à treinadora dela. Isso porque ele sofre de dor nas costas e queria prevenir lesões na gravação de uma cena, na qual levanta Blake. A atriz teria se irritado com a pergunta, se sentindo envergonhada.
Outro motivo da briga entre eles seria um beijo que os dois contracenaram. Baldoni teria dado um beijo muito longo, indo além do tempo necessário.
Segundo a ação movida pela atriz, as exigências foram aceitas e aprovadas pelo estúdio, mas o filme acabou fracassando, em partes, por causa do intenso conflito sobre como ele deveria ser comercializado. Enquanto Blake preferia uma abordagem mais otimista sobre a resiliência de sua personagem, Baldoni queria que o foco fosse a violência doméstica.
A atriz alega ainda que Baldoni se envolveu em uma campanha social para destruir sua reputação. Ela cita que, além dos danos profissionais, essa campanha causou grave sofrimento emocional em sua família.
Polêmicas
Além de atriz, Blake é produtora do filme. Por isso, ela teria pedido a seu marido, Ryan Reynolds, para reescrever parte do roteiro — cuja versão original lhe deixara insatisfeita. O roteiro de Ryan, no entanto, teria sido descartado pelo diretor, Baldoni.
“A cena icônica do telhado, meu marido realmente escreveu”, disse Lively. “Ninguém sabe disso, exceto você”, disse ela em entrevista ao “E! News”. A atriz afirmou ainda que ela participa de tudo o que Ryan faz e vice-versa.
Baldoni nunca confirmou (ou negou) a participação de Ryan por trás da cena. Em uma das entrevistas que deu, disse apenas: “Ryan foi tão generoso [para o filme]. Ele é um gênio criativo”.
O descarte do roteiro de Ryan teria gerado incômodo nos atores, mas, além disso, outros acontecimentos estariam atrelados à briga.
Crítica
Apesar do sucesso do livro, o filme não agradou muito os críticos até aqui, com 54% de aprovação no Metacritic e 56% no Rotten Tomatoes.
Em muitos casos, “É assim que acaba” foi comparado a uma “novela” (por bem ou por mal) pelo enredo melodramático e excesso de clichês. Mas veículos como a Variety e o The Guardian elogiam a atuação de Blake e a forma com que a história trata temas delicados.
Sinopse
“É assim que acaba” é uma adaptação do livro de mesmo nome, da autora Colleen Hoover, que se tornou uma febre mundial.
A história acompanha Lily Blossom (Blake Lively), uma jovem florista que se apaixona pelo neurocirurgião Ryle (Justin Baldoni). Mas o relacionamento entre os dois não é bem o que ela esperava, e acaba se tornando turbulento e doloroso.
Considerado o livro mais pessoal da carreira de Hoover, o romance trata de temas complexos como violência doméstica e abuso psicológico.
“É assim que acaba” foi publicado pela primeira vez em 2016, mas ganhou fama após cair nas graças do BookTok (apelido dado à comunidade literária no TikTok). O romance encabeçou a lista de best-sellers do The New York Times em 2022 e teve mais de 2 milhões de cópias vendidas no Brasil.