Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de outubro de 2017
A marca de papel higiênico Personal acaba de lançar, pela primeira vez no mercado brasileiro, uma versão do produto na cor preta. Segundo a fabricante Santher, o “Personal Vip Black” proporciona mais sofisticação e “um novo olhar para a decoração, com diferenciação” nos ambientes.
Como garota-propaganda, foi escolhida a atriz global Marina Ruy Barbosa, 22 anos, que aparece na campanha publicitária como se estivesse “vestida” apenas com o papel higiênico, em imagens produzidas pelo renomado fotógrafo de moda Bob Wolfenson.
“A atriz foi selecionada para apresentar o produto por ser “sinônimo de glamour e elegância”, ressaltou a nota a chefe de marketing da Personal, Lucia Rezende. “Marina representa a essência deste lançamento, um papel higiênico criado para mostrar que bom gosto e requinte podem estar presentes em todos os momentos do dia a dia das famílias.”
A campanha foi criada pela agência de comunicação Neogama e tem como mídia preferencial a veiculação online, incluindo o uso da hashtag “BlackIsBeautiful” nas redes sociais. “O preto é lindo. A cor sempre foi considerada ícone de estilo e refinamento nos universos de luxo e da moda. Agora, Personal Vip Black traz este conceito também para a decoração e nossa campanha reflete essa integração entre a cor e a sofisticação”, diz Lucia.
A cada ano, a Santher produz mais de 150 mil toneladas de papéis descartáveis e outras 45 mil toneladas de papéis para uso industrial. A fabricante também é dona da marca de absorventes Sym, das toalhas e guardanapos Snob e Santepel e dos lenços Kiss.
Polêmica
Alguns internautas criticaram o uso da hashtag “BlackisBeutiful” e acusaram a marca de papel higiênico de se apropriar de uma expressão usada por miliantes negros durante a luta dos direitos civis nos anos 60. Uma das principais críticas partiu do escritor Anderson França, o “Dinho”, que publicou um texto sobre a campanha no seu perfil no Facebook.
“Em uma atitude racista e irresponsável, consciente e deliberada, a Santher decidiu que essa expressão deve remeter a papel higiênico, cuja função qualquer pessoa conhece”, escreveu. “Esse não é senão um dos mais graves ataques racistas praticados por uma empresa brasileira”, completou. O post já moticou centenas de compartilhamentos e quase 2 mil curtidas.