Por Redação O Sul | 10 de março de 2025
Bárbara Luz acompanhou diretamente de Paris, onde mora, a cerimônia que concedeu o Oscar de Melhor Filme Internacional a “Ainda estou aqui”, na semana passada. Para a atriz, que interpreta Nalu no longa — uma das filhas de Eunice (Fernanda Torres) e Rubens Paiva (Selton Mello) —, a ficha ainda não caiu.
— Ainda não consegui entender direito o prêmio. Fiquei muito emocionada no dia da premiação, foi muito bonito o discurso do Walter. Mas eu não consigo dimensionar a coisa ainda. Uma alegria e um orgulho grande — diz.
Natural de Belo Horizonte e com 22 anos, Bárbara entrou para o elenco por meio de um teste. Ela destaca a trajetória do filme até aqui:
— O filme já fez uma trajetória tão linda, principalmente com a quantidade de pessoas que foram assistir nos cinemas no Brasil. Isso, para mim, é a maior alegria do projeto. Eu não ia ficar triste se não ganhasse. É muito legal que ganhou, mas o filme já é bonito por si só. A gente sabia que estava fazendo algo importante, mas é difícil imaginar que algo assim chegaria ao Oscar. Eu achava surreal estar no projeto. Às vezes, tinha que me beliscar no set porque não acreditava que estava acontecendo comigo.
Além de “Ainda estou aqui”, Bárbara fez recentemente outros dois filmes dirigidos por Eduardo Nunes: “Cinco da tarde” e “O tempo da delicadeza”. Também esteve no elenco da série “Santo maldito” (2023), disponível no Disney+.
Filha dos atores Eduardo Moreira e Inês Peixoto, Bárbara cursa graduação em Teatro na universidade Sorbonne Nouvelle. Em Paris, ela divide sua rotina entre os estudos e o trabalho como garçonete:
— Passo bastante tempo na faculdade e estudando na biblioteca. Também trabalho, porque Paris é muito cara. Trabalho três dias por semana em um restaurante grego. Acho que as pessoas têm uma visão muito idealizada do que é a vida de um ator, e isso, às vezes, não corresponde à realidade. Eu tenho uma vida muito normal aqui, e ainda bem! Gosto disso, não vejo problema nenhum. Escolhi ser atriz sabendo dos riscos e da possibilidade de trabalhar com outras coisas que não estão ligadas à arte. Está tudo certo. Estou estudando e me mantendo aqui, e isso é o mais importante. As informações são do portal O Globo.
