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Política Áudios mostram que o ex-major do Exército Ailton Barros e o coronel Elcio Franco debateram possibilidades para um golpe de Estado logo após Jair Bolsonaro perder as eleições

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Os três militares afastados foram incorporados ao GSI na gestão presidencial passada. (Foto: Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Novos áudios mostram que o ex-major do Exército Ailton Barros e o coronel Elcio Franco, que foi secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello, debateram possibilidades para um golpe de Estado, logo após Jair Bolsonaro (PL) perder as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O esquema incluía a mobilização de 1.500 militares. O material foi revelado pela CNN Brasil.

De acordo com a emissora, as mensagens integram as investigações da Polícia Federal contra o tenente-coronel, Mauro Cid. Ele também foi ajudante de ordens de Bolsonaro, e é investigado no esquema de fraude nos dados do cartão de vacinação contra a covid, além do caso das joias sauditas, apreendidas no Aeroporto de Guarulhos (SP).

Franco, considerado o ex-número 2 do Ministério da Saúde e assessor da Casa Civil, estaria no centro da trama golpista. Ele sabia do caso, e sugeriu mobilizar 1,5 mil homens do exército para conseguir o feito. Em conversa com o ex-major Ailton, revelou o medo do então comandante do Exército, Freire Gomes, de ser responsabilizado por uma eventual tentativa de golpe.

Ambos também pensavam em suplantar Gomes, usando o Batalhão de Operações Especiais do Exército. Em um trecho, o coronel Franco fala com Ailton: “Olha, eu entendo o seguinte: é Virgílio [comandante de um batalhão do Exército]. Essa enrolação vai continuar acontecendo.”

Em seguida, ele começa a confabular sobre como o comandante do Exército poderia se defender, caso fosse descoberto. “O Freire [Gomes] não vai. Você não vai esperar dele que ele tome à frente nesse assunto, mas ele não pode impedir de receber a ordem. Ele vai dizer, morrer de pé junto, porque ele tá mostrando. Ele tá com medo das consequências, pô. Medo das consequências é o quê? Ele ter insuflado? Qual foi a sua assessoria? Ele tá indo pra pior hipótese. E qual, qual é a pior hipótese?”.

Elcio diz: “Ah, deu tudo errado, o presidente foi preso e ele tá sendo chamado a responder. Eu falei, ó, eu, durante o tempo todo [ininteligível] contra o presidente, pô, falei que não, não deveria fazer, que não deveria fazer, que não deveria fazer e pronto. Vai pro Tribunal de Nurenberg desse jeito. Depois que ele me deu a ordem por escrito, eu, comandante da Força, tive que cumprir. Essa é a defesa dele, entendeu? Então, sinceramente, é dessa forma que tem que ser visto.”

Em outro trecho da conversa, Ailton declara a Franco: “[É preciso convencer] o general Pimentel. Esse alto comando de m… que não quer fazer as p…, é preciso convencer o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia a prender o Alexandre de Moraes. Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens”.

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