Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 19 de outubro de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Dois ex-funcionários de André Janones (Avante-MG) entregaram prints e áudios à coluna com mensagens atribuídas ao deputado federal lulista xingando assessores de “burros”, “incompetentes”, “vermes”, “filhos da p(*)*”, entre outros insultos. As ofensas e ameaças foram registradas no grupo de whatsApp “Gabinete Janones MG/BSB”, e o deputado os desafiou a vazar: “printem a conversa e esparramem”, desfiou, “eu tô me lixando pra isso… eu vivi 34 anos sem mandato”, diz.
Tempo de casa
Fabrício Ferreira, vítima de assédio que faz a denúncia, trabalhou com Janones até novembro de 2021. Outro, Cefaz Luiz, até setembro/2022.
Represálias
Os ex-assessores disseram que não denunciaram o parlamentar por medo, à época. “O Fabrício teve que mudar de cidade”, disse Cefaz.
Choro solitário
Em um dos trechos, Janones reclamou do abandono da equipe após chorar em uma sala e dito coisas como “nem é gente, são bichos”.
Espaço aberto
A coluna entrou em contato com a assessoria de André Janones, que não retornou com um posicionamento do parlamentar até o fechamento.
Atitude ambígua fez o Brasil fracassar na ONU
O Brasil fracassou no conselho de segurança da ONU, vendo derrotada sua proposta de resolução sobre a crise no Oriente Médio, em razão de sua intransigência juvenil de excluir do texto o reconhecimento do direito de autodefesa de Israel, de resto previsto em tratados e convenções internacionais. Pior: imaginava que os Estados Unidos não perceberiam a malandragem. Não foi erro da diplomacia e sim ordem do Planalto, segundo confirmou experiente embaixador em negociações multilaterais.
Legitimação do terror
Ficou claro para os EUA que a manobra poderia legitimar o Hamas e ainda faria a ONU “reconhecer” o “direito” dos terroristas de atacar Israel.
Sem perigo de dar certo
Sob desconfiança geral, por sua condescendência com os terroristas, o Brasil inviabilizou de vez a proposta ao tentar isolar os EUA no conselho.
Portas do inferno abertas
Além de legitimar a ação terrorista do Hamas, o texto brasileiro abria caminho para outros inimigos se sentissem autorizados a atacar Israel.
Derrota ‘engrandece’?
Velhos diplomatas como o ativista Rubens Ricúpero, autor da frase “o que é ruim a gente esconde”, no governo de Itamar Franco, disse que a derrota na ONU “engrandece o Brasil”. Como se na diplomacia valesse a lorota de “vitória moral” usada como desculpa para derrotas no futebol.
Perfil
Levantamento do Paraná Pesquisas mostra que a aprovação da primeira-dama Janja é maior entre mulheres, menos escolarizados, e da região Nordeste. No geral, é aprovada por 49,4% e reprovada por 43,8%.
Insulto derruba
Hélio Doyle, presidente da estatal EBC, do governo Lula, perdeu o cargo após republicar comentário insultando de “idiotas” apoiadores de Israel. Com larga atuação no setor público, Doyle serviu a governos do DF, de Joaquim Roriz a Cristovam Buarque, mas raramente seguiu até o final.
Que golpe?
No dia em que a comissão que apurou a suposta “tentativa de golpe de Estado”, o assunto mais procurado do dia na internet foi… futebol, diz o Google Trends. Dos top 15 assuntos, 11 tratam do esporte.
Apenas perseguição
O senador Hamilton Mourão (Rep-RS) diz que Eliziane Gama (PSD-MA) fechou os olhos para a omissão do governo Lula no 8 de janeiro e fala em perseguição política e vê “demonização da direita” como estratégia.
O pior cego
Em relação às descobertas ignoradas pela CPMI do 8 de Janeiro, o deputado Evair de Melo (PP-ES) destaca: “G.Dias teve oportunidade de impedir a invasão, mas compactuou com o quebra-quebra. Assim como Flávio Dino, que disse que assistiu tudo de camarote”.
Lá é diferente
Nos EUA, a gigante Starbucks processa o sindicato dos seus funcionários, que postou “solidariedade à Palestina” nas redes sociais, após o ataque do grupo terrorista Hamas contra civis de Israel.
‘Da Silva’, o best-seller
Já foram vendidas 50 mil cópias do recém-lançado livro “Da Silva: a Grande Fake News da Esquerda”, do jornalista Tiago Pavinatto, ex-Jovem Pan, que atualmente está bombando em seu canal no Youtube.
Pensando bem…
…se tivesse provas das acusações que fez, a relatora da CPMI não precisaria de 1.300 páginas de lacrações.
PODER SEM PUDOR
Indústria forte
Responsável por grandes êxitos editoriais como as revistas Sexy, de belas mulheres, e G-Magazine, para o público gay, a publisher Ana Fadigas foi certa vez apresentada ao deputado Delfim Netto, em 1998, em pleno reinado FHC. No papo rápido, ela brincou, dizendo ser empresária do “ramo pornográfico”. “Meus parabéns!”, exultou Delfim, “a senhora é legítima representante da única indústria que o Fernando Henrique não conseguiu quebrar.”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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