Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 31 de outubro de 2019
De janeiro a setembro, a prefeitura de Porto Alegre emitiu 137 autorizações para o uso de espaços públicos da capital gaúcha em filmagens e fotografias. Esse número representa um aumento de 8,7% em relação ao total de permissões concedidas no mesmo período do ano passado, abrangendo seriados de televisão, comerciais, curtas e longas-metragens, ensaios de moda e outras modalidades.
Já entre janeiro de 2017 e abril deste ano, a cidade foi utilizada 1,1 mil vezes como cenário por produções, abrangendo 446 logradouros diferentes. Dentre os locais mais solicitados estão a Orla do Guaíba, o Parque Marinha do Brasil e as via mais tradicionais do Centro Histórico, como Rua da Praia, Duque de Caxias e Borges de Medeiros. O Parcão e a Praça Província de Shiga também estão no topo da lista.
“Os dados comprovam o potencial da cidade como destino de grandes produções”, salienta o Escritório Municipal de Apoio à Produção Audiovisual, encarregado de orientar, coordenar, centralizar, simplificar e dar o aval a esse tipo de demanda em áreas públicas municipais. Também denominada em inglês “Porto Alegre Film Commission”, a unidade é vinculada à SMDE (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico).
Produções
Ao longo desses 28 meses, 54% das autorizações foram para filmes publicitários, que empregaram, em média, 48 pessoas por produção. Além disso, 8% das autorizações foram para longas-metragens (média de 44 empregos por produção) e outras 8% para séries (média de 36 empregos). Outras 5% foram para programas de televisão (22 empregos) e 5% para videoclipes (31 empregos por produção).
Destacam-se, ainda, as sessões de fotografias, que responderam por 9% do total e empregaram, em média, 12 pessoas por produção. Dentre as grandes produções estão os longas-metragens “Rasga Coração” (lançado no final do ano passado) e “Legalidade” (que estreou em setembro) – para este último, foram utilizadas locações emblemáticas do Centro Histórico, como o Palácio Piratini, a Catedral Metropolitana e a Praça da Matriz.
“Além de ampliar a visibilidade da Capital, cada produção impacta positivamente na economia do município”, explica o titular da SMDE, Eduardo Cidade. Já a coordenadora da Film Commission, Joana Braga, chama a atenção para o fato de que a capital gaúcha dispõe de diferentes vantagens para a realização de produções audiovisuais:
“Oferecemos agilidade nos processos de licenciamento, excelência profissional e um custo relativo menor, além da luminosidade privilegiada e possibilidade de deslocamento rápido. Isso reduz custos de produção e atrai novos trabalhos”, detalha. Basta mencionar que cerca de 25% das filmagens autorizadas foram de produtoras de outras cidades ou Estados.
(Marcello Campos)