Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Flavio Pereira | 4 de maio de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O aumento do ICMS que entrou em vigor na quarta-feira (1°) via decretos do governador do estado, que modificam ou retiram incentivos fiscais de mais de 60 setores da economia, é um motivo a mais para o agravamento da crise que o estado vive, em razão da tragédia histórica causada pelas enchentes. O aumento de impostos não foi resultado da vontade dos gaúchos que, representados pelos seus deputados na Assembleia Legislativa, sinalizaram em pelo menos duas oportunidades que não dariam maioria para aprovar uma medida desta natureza. A medida foi iniciativa pessoal do governador Eduardo Leite e a revogação dos decretos, dependerá agora do grau de empatia do governo para compreender o cenário que estamos vivendo.
Empresário Antonio Ortiz fez apelo pelo adiamento dos decretos
Esta semana, o normalmente discreto empresário Antonio Ortiz, dirigente do Grupo Asun, responsável pelo emprego direto de mais de 2 mil colaboradores nas lojas do Asun Supermercados e do Atacado Leve Mais, publicou apelo ao governador Eduardo Leite, solicitando que ele adie a vigência dos decretos tendo em vista o impacto da medida frente a tragédia vivida pelo Estado nestes últimos dias: “Bom dia: pouco me manifesto neste grande grupo, mas quero alertar a todos vocês que o governo editou o corte de incentivos fiscais que tinha prometido fazer, mesmo com toda tragédia acontecendo. Passamos a virada de mês mexendo em alíquotas, aumentando produtos da cesta básica, como se nada fosse mais importante”.
Fecomércio pede adiamento do aumento do ICMS
A Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) também pediu a suspensão da medida. A Fecomércio protocolou nesta quinta-feira (2), um ofício solicitando que o governador Eduardo Leite adie a vigência dos decretos. O presidente Luiz Carlos Bohn, alerta para o impacto da medida frente a tragédia vivida pelo Estado nestes últimos dias. O apelo é para que a vigência dos decretos seja adiada até, pelo menos, o final de 2024.
Luciano Hang manda dois helicópteros para apoio
Luciano Hang revelou que “estamos muito consternados e preocupados com o que está acontecendo no Rio Grande do Sul, mandamos dois helicópteros para prestar apoio logístico e humanitário às populações do Vale do Taquari, e da região de Santa Maria”. Hang anunciou que transferiu a inauguração da Loja Havan, que estava marcada para esta semana em Santa Rosa.
Casa Civil anuncia escritório de monitoramento no Estado
Ontem, a coluna recebeu da Casa Civil da Presidência da República a informação indicando que o socorro à população do Rio Grande do Sul terá reforços do Governo Federal a partir da instalação de um escritório de monitoramento no Estado já nesta segunda-feira (6). A decisão foi anunciada na manhã desta sexta-feira (3) durante a segunda reunião da Sala de Situação instalada em Brasília.
Ministro da Casa Civil informa a vinda de ministros ao RS
Na nota enviada à coluna, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, embarcam novamente para o Estado neste sábado (4), quando devem iniciar a montagem do novo espaço, que atuará em sintonia com a coordenação do comandante militar do Sul, General Hertz Pires do Nascimento.
Atuação das Forças Armadas
Neste momento, seis aeronaves das Forças Armadas estão em pleno trabalho de resgate. A depender do clima, conforme o representante da Aeronáutica, Almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, mais 11 aeronaves chegarão ao Estado. A previsão é que parte delas pousem no Rio Grande do Sul ainda hoje. O almirante ainda informou ainda que a Força Aérea do Uruguai ofereceu uma aeronave em apoio. Para além das aeronaves, as Forças Armadas informam que 936 militares estão atuando no salvamento de vítimas com 81 viaturas e 76 embarcações. Um Hospital de Campanha deve ser montado no município de Estrela.
Nota conjunta dos tribunais gaúchos manifesta solidariedade e informa atuação conjunta
Em nota, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio Grande do Sul, o Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul e o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região manifestaram ontem, em conjunto, “a solidariedade às famílias das vítimas e às comunidades afetadas pelos eventos climáticos que assolam, tragicamente, o Estado do Rio Grande do Sul”.
A nota afirma que “no âmbito de suas competências, informam à sociedade em geral e à comunidade jurídica em particular, que se encontram mobilizados e plenamente articulados entre si, para o fim de prover, com adequação e urgência, os serviços jurisdicionais que a situação requer”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.