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Geral Aumentou para 594 o número de casos confirmados de toxoplasmose em Santa Maria

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A doença é causada por um protozoário. (Foto: Daniela Barcellos/Palácio Piratini)

A prefeitura de Santa Maria e o governo do Rio Grande do Sul divulgaram, na sexta-feira (29), mais um Boletim de Investigação de Surto da Toxoplasmose. Conforme o balanço, o município da Região Central do Estado contabiliza 1.563 casos da doença notificados. Desse total, 1.291 foram considerados suspeitos e outros 212 ainda necessitam de classificação. Dos casos suspeitos, 594 foram confirmados por meio de contraprova em laboratório, 262 foram descartados e 435 ainda seguem sob investigação.

Com relação ao total dos casos confirmados, foi constatado que 44 das vítimas da toxoplasmose são gestantes. Já nos casos que ainda são investigados, 151 são de mulheres grávidas.

Na terça-feira (26), técnicos do Ministério da Saúde estiveram em Santa Maria para apresentar as análises realizadas até agora. Conforme os profissionais, o trabalho de investigação da origem do surto da doença segue e não há ainda a exata confirmação do foco da contaminação. No entanto, os técnicos explicaram que, após uma análise preliminar, existem duas possibilidades para a origem do surto: água ou hortaliças.

Os profissionais da área da saúde ressaltaram a necessidade de a população de Santa Maria manter as medidas de prevenção, como consumir água fervida ou filtrada e lavar com rigor as hortaliças e demais alimentos.

Doença

A toxoplasmose, de acordo com o Ministério da Saúde, é causada por um protozoário e apresenta quadro clínico variado – desde infecção assintomática a manifestações sistêmicas extremamente graves. Casos sintomáticos agudos em geral apresentam febre, dores no corpo e na cabeça e aumento dos linfonodos. Há casos em que ocorre pneumonia difusa, miocardite (inflamação do miocárdio), miosite (inflamação muscular), hepatite ou encefalite (inflamação do cérebro).

A infecção em humanos ocorre por três vias: contato direto com solo, areia e latas de lixo contaminados com fezes de gatos infectados; ingestão de carne crua ou mal cozida infectada (sobretudo carne de porco e de carneiro) e infecção transplacentária durante a gravidez. O período de incubação é, em geral, de dez a 23 dias no caso de carne crua ou mal cozida e de cinco a 20 dias no caso de contaminação direta pelas fezes dos gatos.

A toxoplasmose não pode ser transmitida de humano para humano, com exceção das infecções intrauterinas. De acordo com o ministério, cerca de 40% dos fetos de mães que adquiriram a doença durante a gestação são infectados.

A orientação para se prevenir a doença é evitar o uso de produtos animais crus ou mal cozidos, eliminar as fezes de gatos infectados em lixo seguro, proteger as caixas de areia, lavar as mãos após manipular carne crua ou terra contaminada e evitar o contato de grávidas com gatos.

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