Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2021
A Austrália poderá manter suas fronteiras fechadas até o fim de 2022, disse o ministro do Turismo, Dan Tehan, na sexta-feira (7). De acordo com ele, a nova onda de contágios por coronavírus no mundo impede uma reabertura no curto prazo.
O aumento de casos na Índia mostra a necessidade de manter as restrições de fronteira para garantir o baixo nível de propagação do vírus na Austrália, alegou o ministro.
A Austrália mantém controles rígidos nas fronteiras desde 20 de março de 2020.
É “muito difícil determinar” quando as fronteiras poderão ser reabertas, disse Tehan à Sky News. A estimativa mais otimista seria em meados, ou no segundo semestre, do próximo ano, segundo ele.
Antes da pandemia, cerca de um milhão de viajantes entravam no país a cada mês para curtas estadias. Agora, são cerca de 7.000. Quem chega do exterior deve passar por uma quarentena de 14 dias em um hotel.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou, porém, que não prolongará a polêmica decisão de proibir o retorno de cidadãos australianos que voltarem da Índia.
Cerca de 9.000 australianos estão bloqueados no país asiático. Morrison ameaçou aplicar altas multas e até penas de prisão para aqueles que não respeitarem a medida.
“Esta medida, concebida de maneira provisória, vai expirar em 15 de maio”, disse o chefe de governo.
A recente abertura de uma “bolha aérea” com a Nova Zelândia tem tido dificuldades e foi suspensa entre as cidades afetadas pelo aumento do número de casos causados por falhas nos dispositivos de quarentena.
Menos de 30 mil casos
A Austrália registrou menos de 30 mil casos de contágio desde o início da pandemia. A maioria deles foi detectada em hotéis em quarentena.
A vacinação avança lentamente: apenas 2,5 milhões de doses foram administradas em um país de 25 milhões de habitantes. Cada pessoa precisa de duas doses.
A perspectiva de manter as fronteiras fechadas até o final de 2022 será prejudicial para a indústria do turismo, que movimenta US$ 40 bilhões (R$ 211 bilhões) por ano.
“A esperança seria que pudéssemos criar mais algumas ‘bolhas aéreas’, mas estamos no meio de uma pandemia”, disse o funcionário.
“Dependerá muito de como a pandemia mundial será administrada”, completou. As informações são da agência de notícias AFP.