Como já dizia o emblemático fundador da Apple, Steve Jobs: “Não faz sentido contratar pessoas inteligentes e dizer a elas o que fazer; nós contratamos pessoas inteligentes para que elas nos digam o que fazer”. Porém, é natural que líderes na sua constante busca por redução da desordem, comum a qualquer organização, empreguem esforços demasiados em microgestão.
Quando um líder ultrapassa uma determinada linha, a qual é bem difícil de ser definida, existe a possibilidade de dois efeitos colaterais graves se manifestarem: Primeiro, a alocação de tempo de forma contraproducente do líder, onde a sua capacidade de aplicar o conhecimento macro do negócio é substituída pela execução de tarefas consideravelmente delegáveis; Segundo, a limitação da capacidade inovadora do time, caso em que se cria um gargalo na agilidade e especialidade das decisões, pois o conhecimento do líder sempre será menos específico, assim como o seu tempo mais escasso, dado a sua obrigação de analisar, planejar e liderar o negócio de forma mais ampla que uma área em específica.
Conseguir superar esse desafio é um exercício diário de confiança no time e consciência de que para ganhar escala é preciso: contratar muito bem, ter processos claros e bem documentados, e uma cultura forte onde todos estejam mirando um objetivo em comum com freios éticos bastante alinhados, mais conhecidos como valores.
Neste contexto, o líder serve com um recurso de alto valor agregado para sua equipe, e pode alocar seu tempo de forma flexível naquilo que realmente importa. Serão dias dedicados para que grandes clientes estejam satisfeitos e outros dias pensando em como conquistar aquele parceiro estratégico. Você, líder, lidere e não se transforme no apagador de incêndios oficial da sua empresa. Até esta função você tem que delegar!
Gregório Nardini, membro da divisão jovem da Federasul, é co-fundador e CEO da Planne, a plataforma de e-commerce das experiências. Estudou Sistemas de Informação na Universidade Feevale e Economia Internacional na Fontys University of Applied Sciences na Holanda. Nascido em Gramado, capital nacional do turismo, Gregório viu de perto, junto com o seu amigo e sócio Jonathan Szablevski, as dores que negócios de pequeno e médio porte da indústria do turismo e entretenimento passam para crescer e profissionalizar suas vendas online e relações comerciais.