Sábado, 08 de março de 2025
Por Redação O Sul | 5 de setembro de 2024
Os médicos legistas chamaram o caso de “morte por confinamento” ou “afogamento a seco”.
Foto: Emilio Bianchi/Perini Navi/DivulgaçãoQuatro vítimas do naufrágio do iate Bayesian, na Itália, morreram sufocadas nas cabines da embarcação, e não afogadas. É o que apontam os relatórios iniciais das autópsias. A informação foi divulgada pelo jornal La Repubblica.
A análise mostrou que Jonathan Bloomer, Judith Bloomer, Chris Morvillo e Neda Morvillo não tinham água nos pulmões, traqueia e estômago. Além do quarteto, o bilionário Mike Lynch, sua filha Hannah e o cozinheiro Recaldo Thomas morreram no naufrágio. Outras 15 pessoas foram resgatadas com vida.
Os médicos legistas chamaram o caso de “morte por confinamento” ou “afogamento a seco”, já que eles não respiraram ou ingeriram água. Com isso, as investigações trabalham com a possibilidade de que eles morreram dentro das cabines, em uma espécie de bolha de ar, sem que conseguissem chegar ao convés. Agora, outros exames vão confirmar a causa das quatro mortes. As autópsias dos corpos dos outros três mortos serão feitas nesta sexta-feira (6).
O bilionário britânico Mike Lynch, de 59 anos, é um empresário entre os mais conhecidos no ramo da tecnologia. Ele ficou conhecido como “Bill Gates do Reino Unido” após fundar a maior empresa de software do país, a Autonomy.
Em 2011, a empresa foi vendida para a Hewlett-Packard (HP) por US$ 11 bilhões, equivalente a R$ 59 bilhões na atual cotação. Lynch também é cofundador da Invoke Capital, companhia de capital de risco que apoia startups em toda a Europa.
Lynch foi acusado de fraude e, em 2023, chegou a ser extraditado para os Estados Unidos para ser julgado em uma ação que investigava o caso. Em junho deste ano, o empresário foi inocentado de todas as 15 acusações de fraude.