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Política Autor de atentado contra o Supremo, em Brasília, não foi morto por bomba que “quicou” em estátua da Justiça

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Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiü França”, morreu quando estava deitado com um explosivo próximo ao seu corpo. (Foto: Reprodução)

O que estão compartilhando: que homem que atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira, (13), Francisco Wanderley Luiz, jogou uma bomba contra a estátua da Justiça, mas o explosivo quicou e caiu em cima dele, o que fez com que ele morresse na hora.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Câmeras do circuito de segurança da Suprema Corte desta quarta-feira, 13, mostram que Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiü França”, morreu quando estava deitado com um explosivo próximo ao seu corpo. Ele foi identificado como o responsável por um ataque na Praça dos Três Poderes, em Brasília, com uma sequência de explosões.

Saiba mais: conforme registro da Polícia Civil, explosões ocorreram na Praça dos Três Poderes por volta das 19h30 desta quarta-feira. Após uma sequência de estrondos, a Polícia Militar isolou o local e um corpo foi encontrado.

O corpo foi identificado como o de Francisco Wanderley Luiz, o “Tiü França”, catarinense de 59 anos. O carro que explodiu no anexo IV da Câmara dos Deputados pertencia a ele. Uma hora antes do atentado, ele direcionou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao STF e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em suas redes sociais.

Desde o atentado, postagens virais têm espalhado que o homem morreu após jogar uma bomba na estátua da Justiça e o artefato ter “quicado” em sua direção. Isso, contudo, não aconteceu. Câmeras de segurança do STF que flagraram a ação de Francisco Luiz mostram que o catarinense morreu em uma explosão após deitar no chão. As filmagens não mostram nenhum tipo de ricochete do explosivo.

Nas imagens, é possível visualizar que Francisco joga algo não identificado na estátua da Justiça, mas recua após ser abordado por um segurança. Logo em sequência, ele atira dois explosivos em direção à Corte. Depois, o catarinense deita no chão do local com um artefato próximo ao corpo, que explode em seguida.

O registro confere com o depoimento de Natanael da Silva Camelo, segurança do STF, à Polícia Civil do Distrito Federal. Conforme o relato, Francisco explodiu dois artefatos e, em sequência, deitou-se no chão. “(Ele) acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão”, declarou o segurança.

Em 2020, Francisco Luiz concorreu ao cargo de vereador em Rio do Sul, em Santa Catarina, pelo Partido Liberal (PL), atual sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, que à época ainda não era filiado à legenda. Nas redes sociais, o catarinense difundia teorias conspiratórias populares entre a extrema-direita, como o QAnon (sigla para “Q Anônimo”).

Esse boato foi desmentido também pelo “Aos Fatos”.

Como lidar com postagens do tipo: o atentado ocorrido em Brasília nesta quarta-feira é um assunto em evidência que está sendo amplamente noticiado pela imprensa. Antes de disseminar uma alegação suspeita, faça uma pesquisa em fontes confiáveis. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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