Autoridades federais e de Minas Gerais já iniciaram as investigações para apurar o acidente que deixou 39 mortos e mais de uma dezena de feridos na rodovia BR-116, no município de Teófilo Otoni, na madrugada deste sábado (21).
Foi o acidente com maior número de mortes da história registrado em estradas federais no Brasil desde 2008, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal). As investigações do acidente serão realizadas pela PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais). Por se tratar de uma rodovia federal, a PRF também fará um laudo pericial.
Conforme relataram fontes da PCMG, o motorista do caminhão estava com a CNH (Carteira de Habilitação Nacional) suspensa e o veículo circulava com excesso de peso. O nome do motorista não foi divulgado. Ele deixou o local do acidente e está sendo procurado pelas autoridades. A ordem de prisão deve foi expedida ainda no sábado.
O caminhão, de modelo bitrem, também não poderia estar circulando no local naquele horário. Fontes que acompanham as investigações também afirmaram que o caminhão e o tacógrafo foram levados para perícia em Teófilo Otoni. Não será possível fazer perícia no ônibus devido aos estragos causados pelo acidente.
O acidente
O acidente ocorreu após um grande bloco de granito se soltar de uma carreta bitrem e atingir o ônibus, que pegou fogo e explodiu na sequência, informou a PRF. O ônibus, da Viação Emtram, vinha de São Paulo e tinha como destino Vitória da Conquista, na Bahia. O acidente foi registrado por volta das 4h.
Inicialmente, os bombeiros disseram que o ônibus teria perdido o controle por causa de um pneu estourado. Porém, após análise da PRF, foi possível constatar que o acidente ocorreu após a queda do bloco de granito do caminhão.