Segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de dezembro de 2024
O levantamento foi feito duas semanas após o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo Lula.
Foto: Valter Campanato/Agência BrasilA gestão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad é aprovada por 27% dos brasileiros e rejeitada por 34%, indica pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (16). A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios brasileiros nos dias 12 e 13 de dezembro.
Veja a avaliação da gestão econômica de Haddad:
– Ótima ou boa: 27%;
– Regular: 34%;
– Ruim ou péssima: 34%;
– Não sabem: 5%.
O levantamento foi feito duas semanas após o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo Lula, em 27 de novembro. A estimativa do governo é economizar R$ 70 bilhões nas contas públicas em 2025 e 2026. Ao mesmo tempo, a gestão Haddad anunciou a isenção de imposto de renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês e nova alíquota para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês.
Entre o anúncio do pacote e a pesquisa Datafolha, o dólar ultrapassou a cotação de R$ 6 pela primeira vez na história e o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa Selic de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano. O Datafolha perguntou se os entrevistados ficaram sabendo das medidas de cortes de gastos anunciadas por Haddad em cadeia de Rádio e TV e a maioria (59%) disse que não ficou sabendo. Veja os números abaixo:
– Não tomou conhecimento: 59%;
– Tomou conhecimento: 41%.
Entre aqueles que souberam das medidas, 16% dos entrevistados responderam que está bem-informado, 20% disse estar mais ou menos informado do que foi proposto e 5% disse estar mal-informado.
Dos entrevistados que tomaram conhecimento do corte, a avaliação de Haddad é:
– Ruim ou péssima: 42%;
– Regular: 27%;
– Boa ou ótima: 29%.
A pesquisa mostra que 89% dos entrevistados indicam ser a favor da ação de medidas para reforçar a fiscalização e evitar fraudes no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Já 73% apoiam a proposta de que seja fixada a idade mínima de 55 anos para aposentadoria dos militares — hoje não há definição de idade mínima.
O Datafolha perguntou como os entrevistados avaliam a dimensão e qualidade dos gastos públicos. Para 45%, há dinheiro suficiente, mas ele é mal aplicado. Já 35% consideram que não há dinheiro suficiente, mas que é mal aplicado. Outros 10% avaliam que os recursos são suficientes e bem aplicados, enquanto 7% considera que são insuficientes e bem aplicados.