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Colunistas Avanços e desafios de uma Porto Alegre mais resiliente

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A cidade está mais preparada para prevenir eventos climáticos. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Em uma cidade vibrante e cheia de desafios, dedicamos os últimos quatro anos a buscar avanços significativos nos serviços, honrar compromissos históricos e construir soluções coletivas para entregar uma Porto Alegre melhor. Juntos, enfrentamos o maior desastre climático da história do Rio Grande do Sul, tomamos decisões difíceis para salvar vidas e reconstruir a cidade, com o apoio fundamental do voluntariado. Iniciamos 2025 com a determinação de redobrar nosso esforços para ampliar as entregas, corrigir o que precisa ser ajustado e continuar melhorando a vida das pessoas.

Apesar do cenário orçamentário desafiador deixado pela enchente, Porto Alegre investiu, além dos recursos destinados à calamidade, R$ 530 milhões em 2024 para saúde, educação, assistência social, mobilidade urbana e saneamento. Mesmo diante das adversidades, mantivemos investimentos acima dos mínimos constitucionais. Na saúde, aplicamos R$ 266 milhões a mais, totalizando 20,08% das receitas tributárias. Já na educação, foram R$ 103 milhões acima do obrigatório, alcançando 26,94%.

O Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática completou mais de oito meses de trabalho na recuperação da infraestrutura comprometida. Dos mais de 200 equipamentos públicos afetados pela cheia – incluindo postos de saúde, escolas, parques e praças – 173 já estão em funcionamento. O sistema de proteção contra enchentes está sendo fortalecido, com obras emergenciais para elevar os diques da Fiergs e do Sarandi, além de reparos para subir os quadros elétricos das casas de bombas. Projetado na década de 1970, o sistema conta com 68 km de diques, 23 casas de bombas e 14 comportas distribuídas ao longo do Guaíba e afluentes.

A cidade está mais preparada para prevenir eventos climáticos. Entraram em operação os totens de monitoramento e alerta da Defesa Civil, instalados em bairros mais vulneráveis às cheias. O novo serviço de monitoramento meteorológico, hidrológico e geológico exclusivo da Capital funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. Para reforçar a proteção, a prefeitura contratou o engenheiro civil Carlos Tucci, professor emérito da Ufrgs e referência mundial em hidrologia, que será responsável por desenvolver a reformulação do sistema anticheia e expandir a cobertura até a Zona Sul.

Demos mais um passo para transformar em realidade um projeto de futuro para a Capital. Nosso objetivo é despoluir o Arroio Ipiranga e criar no local um espaço de convivência urbana que impacte positivamente a vida dos porto-alegrenses. Recentemente, abrimos uma consulta pública que recebeu sugestões da população para o projeto da Operação Urbana Consorciada da avenida Ipiranga. As propostas acolhidas serão incorporadas a um programa abrangente, que prevê revitalização e despoluição do arroio, criação de um novo parque linear e melhorias na mobilidade, saneamento e drenagem. Personagem histórico da cidade, o Arroio Dilúvio recebeu o nome devido às enchentes que inundavam os bairros Menino Deus, Azenha, Cidade Baixa e Santana nos dias de chuva intensa. A obra que mudou o traçado do córrego teve início em 1940 e levou 20 anos para ser concluída.

Outra conquista fundamental para a reconstrução e retomada da cidade foi a captação de
R$ 6 bilhões em financiamentos nacionais e internacionais, além do Novo PAC Seleções, assinados pela prefeitura para investimentos em serviços e infraestrutura. Esses recursos serão investidos em obras essenciais para superar gargalos históricos, como a drenagem urbana, além de recuperar áreas devastadas pelo desastre climático. Com a validação dos empréstimos, é hora de tirar os projetos do papel e trazer para a vida real, garantindo que o cidadão perceba as melhorias no seu dia a dia.

Ainda que sobrecarregada por demandas de pacientes vindos do interior e da Região Metropolitana, a prefeitura avançou na prestação de serviços de saúde. O Centro de Referência do Transtorno Autista (Certa) oferece atendimento a 300 crianças e 1,5 mil consultas por mês. O Hospital de Pronto-Socorro (HPS) recebeu investimento de R$ 12 milhões e o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas passou por modernização na UTI e enfermaria pediátrica. Porto Alegre tinha 279 equipes de saúde da família e hoje conta com 390 equipes, tendo ampliado o atendimento noturno de 19 para 56 unidades básicas. As filas do programa Agiliza Saúde também foram reduzidas com a oferta de 64,3 mil cirurgias extras, 14,6 mil consultas e três mil exames a mais.

Na educação, estamos promovendo uma ação coordenada para melhorar os resultados na educação pública. Por meio do programa Porto da Educação, queremos criar sete mil vagas de Educação Infantil e construir 20 novas escolas até 2028. Também iremos oferecer uma bolsa de R$ 500 mensais aos professores envolvidos diretamente com o Programa Alfabetiza POA, para estimular a alfabetização na idade certa.

Não há soluções fáceis para problemas complexos. Seguimos trabalhando com seriedade, resiliência e persistência para fortalecer o sistema de proteção contra enchentes, executar os financiamentos internacionais e nacionais para qualificar a infraestrutura e serviços, estabelecer uma aliança pela educação e elevar o patamar da saúde. Nesta segunda gestão, seguimos com a mesma dedicação e compromisso de enfrentar os desafios de Porto Alegre e continuar melhorando a vida da cidade e das pessoas.

Sebastião Melo – Prefeito de Porto Alegre

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/avancos-e-desafios-de-uma-porto-alegre-mais-resiliente/ Avanços e desafios de uma Porto Alegre mais resiliente 2025-04-14
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