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“Avião chegou a diminuir de tamanho”, diz porta-voz dos Bombeiros sobre acidente que matou 62 pessoas em São Paulo

Segundo a corporação, a parte mais prejudicada da aeronave era onde estavam os passageiros. (Foto: Polícia Federal/Divulgação)

O Corpo de Bombeiros de São Paulo está dedicado ao complexo trabalho de retirar os corpos e as ferragens do local onde caiu o avião ATR 72-500 da Voepass nesta sexta-feira (9), matando 62 pessoas. Conforme Olívia Perrone, porta-voz da corporação, a parte mais prejudicada da aeronave era onde estavam os passageiros. A identificação será feita no Instituto Médico-Legal Central, na capital paulista.

“Com a queda, o avião caiu de barriga do chão, então houve achatamento dessa fuselagem. O teto desceu bastante e a gente verificando ali, o avião chegou a diminuir de tamanho. É inacreditável”, afirmou Perrone.

De acordo com a porta-voz, a parte mais prejudicada do avião foi onde estavam os 58 passageiros. Apenas o piloto, Danilo Santos Romano, de 35 anos, e copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva, de 61 anos, foram identificados por estarem na cabine, que ficou mais preservada.

“Infelizmente, no momento da queda do avião, a parte mais prejudicada foi a parte dos assentos dos passageiros até a cabine. A parte de trás do avião, que são aquelas asas traseiras, estão um pouco mais preservadas. Infelizmente, porque a gente sabe que é a parte que não possui passageiros”, afirmou Perrone.

Perrone conta que os bombeiros estão auxiliando a perícia com a retirada de ferragens e a recuperação dos corpos. O trabalho está sendo auxiliado pelos moradores do condomínio Recanto Florido, onde o avião caiu. Os populares ofereceram as casas para os militares, que utilizaram elas como postos de comando.

“Alguns moradores, a gente até gostaria de agradecer à população do condomínio, cederam as suas casas para a logística dos órgãos que aqui estão. Se teve algum tipo de prejuízo para os moradores, foi esse prejuízo de logística, de entrada e saída do condomínio, que está prejudicado pelas viaturas. Inicialmente, para montar um posto de comando e depois para conseguir ter um pouco mais de controle da situação”, afirmou a porta-voz.

O Brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), reafirmou que a tripulação não declarou situação de emergência durante o voo. O avião, que transportava 58 passageiros e 4 tripulantes, decolou de Cascavel (PR) às 11h46. De acordo com informações da Força Aérea Brasileira (FAB), o voo seguiu dentro da normalidade até às 13h20.

“A partir das 13h21, a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. A perda do contato do radar ocorreu às 13h22”.

Tiago Pereira, diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), reforçou que o governo federal e o governo de São Paulo estão com todas as agências na região para encaminhar o que for necessário em relação ao acidente.

“A Anac está acompanhando a companhia aérea Voepass na assistência aos familiares das vítimas. Temos servidores tanto no Aeroporto de Guarulhos tanto no hotel em que a companhia está recebendo os familiares dessas vítimas”, declarou. O diretor reafirmou novamente que tanto a aeronave quanto a tripulação estavam com a documentação regular.

A orientação da Polícia Militar é para que a população que vive na região não vá ao local do acidente, tendo em vista que é um local de crise: “Não utilizem drones, estamos com equipamentos para tirar fora de ação o drone que não for de uma das agências envolvidas”.

 

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