Um avião monomotor caiu em uma praça da cidade de Jaboticabal, no norte do Estado de São Paulo. De acordo com os Bombeiros, cinco pessoas morreram no acidente. Três delas, incluindo uma criança, foram carbonizadas, pois a aeronave pegou fogo após o impacto. Uma das vítimas era o empresário Delcides Menezes Tiago, de 65 anos.
A capacidade do avião era de quatro pessoas, mas havia um passageiro a mais. Era um voo de retorno de Fernandópolis para Monte Alto, mas como o pouso não foi possível, o piloto seguiu na direção de Jaboticabal. O trajeto ainda não foi esclarecido pelos bombeiros.
O avião era devidamente registrado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). De acordo com a matrícula, a aeronave tinha capacidade máxima para três passageiros. Segundo os bombeiros, havia cinco ocupantes, o que indica um excedente de tripulantes.
O proprietário do avião é conhecido na região como “Tiago da ótica”, devido a seu ramo de atuação comercial. As demais vítimas ainda não tiveram a identidade divulgada.
Ele foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Monte Alto (Acima) por dois mandatos de quatro anos. O último deles foi encerrado em 2004. A Acima lamentou o ocorrido nas redes sociais.
“Guardaremos saudades e a gratidão por todo empenho para a consolidação de uma instituição que hoje é um dos pilares do desenvolvimento de Monte Alto, em muito graças ao seu trabalho”, diz o comunicado.
Investigação
Em nota, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), órgão vinculado à Força Aérea Brasileira, informou que foi acionado para atuar na ocorrência.
“Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação”, diz o comunicado.
O papel do CENIPA é investigar as circunstâncias de ocorrências da aeronáutica com o intuito de prevenir novos acidentes. A investigação para possível responsabilização pelo ocorrido é conduzida pela Polícia Civil.
O avião era um monomotor RV-10, prefixo PT-ZVL, fabricado em 2012 e com capacidade para piloto e mais três passageiros. A aeronave era da categoria experimental e tinha situação regular na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas estava com mais passageiros do que o permitido, já que as cinco pessoas que morreram estavam a bordo.