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Mundo Aviões da Turquia destroem templo de 3 mil anos na Síria

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O local ficou reduzido a escombros. (Foto: Reprodução)

Forças aéreas da Turquia bombardearam o templo histórico de Ain Dara, na Síria, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos no domingo (28). De acordo com a ONG (organização não-governamental), os bombardeios aconteceram no sábado (27), na região de Ain Dara. Até então, não havia mais informações. Mas, o governo sírio ressaltou que o sítio arqueológico é alvo de ofensivas aéreas e terrestres há 10 dias e que está “parcialmente destruído”.

Pela internet e na página da ONG circulam imagens do bombardeio, que mostram como o local ficou reduzido a escombros. O templo de Ain Dara é datado da Idade do Ferro – de aproximadamente 3 mil anos atrás – e fica localizado no enclave curdo-sírio, a noroeste da cidade de Aleppo.

A região também fica próxima da fronteira com a Turquia, país que considera os curdos como terroristas e, que age com ofensivas desde 20 de janeiro para expulsar as milícias curdas do local. Além disso, a Síria é palco de diversos ataques nos últimos anos e teve diversos sítios arqueológicos danificados, dentre eles o de Palmira – destruído pelo grupo extremista Estado Islâmico em 2015. Os terroristas dinamitaram os templos de Bel e Bal Shamin, o palco do teatro romano, o arco do triunfo e várias estátuas do museu da cidade.

O templo de Ain Dara está construído sobre uma praça decorada com esfinges e leões e foi descoberto durante uma campanha de escavações em meados do século XX. Devido às diferentes ofensivas na Síria nos últimos sete anos, muitos sítios arqueológicos no país ficaram seriamente danificados ou destruídos, na sequência dos combates e/ou da presença de organizações extremistas.

“Os seis locais sírios classificados como patrimônio da Humanidade, incluindo Palmira e a lendária cidade de Aleppo, uma das mais antigas do mundo, ficaram reduzidos a escombros”, recordou em novembro passado a Unesco (Organização das Nações Unidas, para a Educação, Ciência e Cultura).

A destruição dos monumentos na Síria, no Iraque e noutros países levou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a aprovar este ano uma resolução para melhorar a proteção do patrimônio face a grupos terroristas como o EI.

Segundo o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahmane, a amplitude de destruição do templo ronda os 60 por cento. Descoberto em 1982, o local ocupa 50 hectares e é conhecido pelos seus imponentes leões de basalto e pelas esculturas na pedra, referiu o antigo diretor-geral das Antiguidades e Museus Dírios, Maamoun Abdelkarim. “Três mil anos de civilização destruídos num ataque aéreo”, lamentou.

Erro

Um erro de cálculo dos EUA precipitou a invasão turca em Afrin. Em discurso, o secretário de Estado, Rex Tillerson, afirmou que os americanos manteriam presença na Síria no longo prazo. Pouco antes, os EUA haviam anunciado que patrocinariam uma força de fronteira com 30 mil homens.

Como os EUA estão aliados aos curdos, a Turquia encarou o anúncio como a constituição de um Exército curdo permanente com apoio e armamentos americanos. A Rússia, que mantinha soldados e controlava o espaço aéreo em Afrin, em colaboração com os curdos, irritou-se e abriu caminho para os bombardeios turcos.

Com isso, a Turquia aprofundou a aliança estratégica que vem selando com Moscou. O regime do ditador sírio Bashar al-Assad, embora condene a ação turca, não quer que a autonomia curda se consolide na região, por isso não agiu.

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https://www.osul.com.br/avioes-da-turquia-destroem-templo-de-3-mil-anos-na-siria/ Aviões da Turquia destroem templo de 3 mil anos na Síria 2018-01-29
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