Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 10 de setembro de 2022
Os rótulos de alimentos a serem lançados no mercado devem apresentar uma lupa, uma espécie de alerta para indicar alto teor de açúcares adicionados, gordura saturada e sódio a partir de 9 de outubro, segundo regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O objetivo é fornecer informações mais claras, na parte frontal das embalagens, para consumidores escolherem produtos para uma alimentação mais saudável.
As normas definidas em outubro de 2020 incluem um período de dois anos adaptação aos fabricantes de novos produtos. A data-limite, agora, se estende até 9 de outubro de 2023 para alimentos em geral, já disponíveis para venda.
Já agricultores familiares e produtores artesanais, entre outros, tem até 9 de outubro de 2024 para se adequar às regras. No caso de bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis, o prazo é 9 de outubro de 2025.
Confira as quantidades:
– Açúcar adicionados: a partir de 15g por 100g (para alimentos sólidos) ou de 7,5g (para alimentos líquidos) por 100 ml;
– Gordura saturada: a partir de 6g a cada 100g (para alimentos sólidos) ou de 3g por 100 ml (para alimentos líquidos);
– Sódio: a partir de 600mg por 100 g (para alimentos sólidos) ou de 300mg por 100 ml (para alimentos líquidos).
A Anvisa decidiu, ainda, que a tabela nutricional deverá ser impressa em letras pretas com fundo branco para dar maior legibilidade. Além disso, é obrigatório informar o total de açúcares totais e adicionados, do valor energético e de nutrientes a cada porção de 100g ou de 100ml. Os dados, já presente nas embalagens, devem ficar perto da lista de ingredientes.
Alegações nutricionais, como “rico em fibra” ou “fonte de ferro”, não podem se localizar na parte superior do rótulo se o produto tenha os alertas de excesso de ingredientes nocivos na parte frontal da embalagem.
Setembro Amarelo
De acordo com dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o suicídio é uma realidade que atinge todo o mundo e ocasiona prejuízos para a sociedade. A campanha Setembro Amarelo, organizada pela ABP junto com o Conselho Federal de Medicina (CFM) no Brasil, acontece desde 2014 em todo o território nacional.
Durante este mês, são organizadas ações que visam mitigar o estigma que envolve os temas relacionados à saúde mental , além de conscientizar a respeito da importância da vida e auxiliar na prevenção do suicídio. O dia 10 de setembro representa, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Rodolfo Furlan Damiano, psiquiatra, doutorando pelo Departamento e Instituto de Psiquiatria da FMUSP, editor do livro “Compreendendo o Suicídio” e editor junior da Revista Brasileira de Psiquiatria, revela que os transtornos mentais são muito presentes na sociedade e ressalta a importância de debater assuntos relacionados à saúde mental.
“Até 2050, a depressão vai se tornar a principal causa de vida com adoecimento. Os indivíduos com transtornos mentais, especialmente a depressão, estão cada vez mais prevalentes, estão surgindo cada vez mais na sociedade e se tornando cada vez mais crônicos”, afirma o doutor.
No território nacional, os casos de suicídio registrados se aproximam de 14 mil por ano, o que significa que, em média, 38 pessoas por dia atentam à própria vida no Brasil.
Diante dos números alarmantes, o psiquiatra atenta que os pensamentos suicidas podem ser causados por transtornos mentais no geral. “Diversos fatores podem desencadear pensamentos suicidas. Os pensamentos suicidas não ocorrem só em pacientes deprimidos, na verdade, os transtornos mentais no geral, como o transtorno bipolar, o transtorno do estresse pós-traumático, o transtorno obsessivo compulsivo e a ansiedade grave, podem aumentar o risco do pensamento suicida”, diz Rodolfo.
“O que pode gerar um pensamento suicida é um adoecer, um sofrimento mental, em que o indivíduo quer se livrar do sofrimento e não da vida”, completa.