Terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de fevereiro de 2022
28O forte calor, combinado com uma massa de ar seco, preocupa o Rio Grande do Sul em razão da baixa umidade relativa do ar. A tendência é que o verão siga assim e os efeitos também podem ser sentidos na saúde.
A umidade relativa do ar é a quantidade de líquido vaporizado que está presente na atmosfera. Em uma dada temperatura ou em certos momentos do ano, a umidade sofre uma queda significativa, provocada por diversos fatores.
“Toda a massa de ar tem uma certa capacidade de absorver vapor d’água. Quando a umidade relativa do ar é baixa, isso quer dizer que a gente tem uma baixa quantidade de vapor d’água, e isso interfere na questão da saúde, principalmente em problemas respiratórios”, esclareceu o meteorologista Leandro Puchalski.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a umidade relativa ideal para a saúde deve estar entre 40 e 60%. Mas o Rio Grande do Sul registrou recentemente menos de 30%. Essa baixa umidade pode provocar o ressecamento das vias aéreas, potencializando o risco de infecções, alergias e desidratação.
“Quando a pessoa inala um ar muito seco, esse ar de certa forma irrita toda a via aérea. Qualquer pessoa pode sentir sintomas, mas especialmente asmáticos que já possuem a via aérea mais sensível”, explicou a pneumologista Maria Ângela Fontoura.
Os principais sintomas são tosse, ressecamento da garganta e sangramento nasal. E além de atingir o sistema respiratório, o tempo seco podem afetar os olhos e a pele. Mas algumas medidas podem amenizar os possíveis sintomas.
“Uma das principais recomendações é a hidratação, sempre andar com uma garrafinha de água e procurar fazer exercícios físicos quanto a temperatura estiver mais amena”, disse Maria. Ingerir frutas e manter os ambientes sempre arejados também ajudam a melhorar a qualidade de vida nessa época do ano.