O deputado Baleia Rossi (MDB-SP) lançou nesta quarta-feira (6) oficialmente sua candidatura à presidência da Câmara. Seu nome como escolha do atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) para sucedê-lo no cargo não é uma novidade. Em seu discurso, Rossi afirmou que sua candidatura busca uma Câmara livre.
“A Câmara não pode ser submissa. Porque se for, ela não fiscaliza, não acompanha. É um espaço de representação da sociedade”, afirmou o candidato. Rossi coloca sua candidatura como uma oposição à candidatura de Arthur Lira (PP-AL). Lira é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Rossi ainda citou a possibilidade de debater a manutenção do auxílio emergencial, que valia até o fim de 2020 e ainda não foi prorrogado pelo governo federal. “A pandemia não acabou. Nós temos hoje milhões de brasileiros que vão deixar de receber o auxilio e vão voltar a ter grandes dificuldades para ter o alimento, o mais básico, na sua mesa”. Ele levantou a possibilidade de debater uma prorrogação do auxílio ou até mesmo um aumento no Bolsa Família.
Ele já conseguiu o apoio formal de 11 partidos. São partidos de oposição, de centro e de direita: PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, PCdoB, Cidadania, Partido Verde, Rede. A campanha continua e Rossi deve viajar pelo País atrás de votos de deputados indecisos e até mesmo de representantes de partidos que ainda não definiram uma posição. As eleições para presidência da Câmara e do Senado estão marcadas para o dia 1º de fevereiro.
Perfil
Baleia Rossi, 48 anos, é presidente nacional do MDB e líder do partido na Câmara dos Deputados. Está no seu segundo mandato como deputado federal e iniciou a carreira pública aos 20 anos, quando foi eleito vereador na cidade de Ribeirão Preto (SP). É filho do ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Wagner Rossi.
O parlamentar é autor de uma das propostas de reforma tributária em discussão na Câmara dos Deputados. A PEC 45/19 acaba com cinco tributos e também cria os impostos sobre bens e serviço.
Em 2020, Baleia Rossi foi relator na Câmara do auxílio financeiro de R$ 2 bilhões a santas casas e hospitais filantrópicos para atuação de forma coordenada no combate à pandemia (Lei 13.995/20).