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Política Bancada ruralista na Câmara dos Deputados pede a prisão de João Pedro Stédile, líder do MST

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Governo desmente líder do MST sobre "pior ano de todos". (Foto: Divulgação/MST)

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pediu a prisão temporária ou preventiva do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile, integrante da direção nacional do MST. O pedido ocorre após publicação de vídeo pelo movimento no qual Stédile afirma que em abril “haverá mobilizações (do movimento) em todos os Estados, seja marchas, vigílias, ocupações de terra, as mil e uma formas de pressionar que a Constituição seja aplicada e que latifúndios improdutivos sejam desapropriados e entregues às famílias acampadas”.

Em ofícios enviados ao procurador-geral da República, Augusto Aras, ao procurador-geral da Justiça de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, e ao secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Muraro Derrite, a FPA pede a apuração de incitação ao crime, investigação das “graves ameaças” feitas por Stédile e sua prisão.

Presidente da frente, o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) afirma que a bancada requer também a retirada do vídeo de Stédile das redes sociais, assim como o repúdio público às suas declarações. “Ninguém pode chegar na rede social, anunciar que vai cometer crime, incitar invasão de terra e esbulho possessório e não acontecer nada. Stédile fugiu da razoabilidade e não podemos aceitar isso”, afirmou Lupion.

Segundo o deputado, o pedido não é somente da bancada ruralista mas dos produtores rurais. “Os produtores rurais exigem o mínimo de segurança jurídica e de direito à propriedade. Se fosse um movimento da direita, estariam todos sendo processados. Não podemos aceitar a desculpa de que é um movimento social para cometer ilegalidades”, acrescentou.

De acordo com o presidente da frente, apesar dos anúncios de invasões de terra pelos movimentos sociais durante o chamado “abril vermelho”, ainda não foram registradas invasões de propriedades produtivas ao longo desse mês.

“Não podemos aceitar isso porque gera insegurança para a população rural e um completo assombro ao produtor que em pleno 2023 está sujeito a invasões, que não aconteciam há muito tempo. Nunca houve anúncio público de esbulho possessório, de invasão de terra e incitação ao crime”, afirmou Lupion.

“Abril Vermelho”

O nome “Abril Vermelho” foi criado pela imprensa ao se referir às atividades pelo MST neste mês. Durante todo o mês de abril o MST realiza a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, organizada em todo o país, para reafirmar a centralidade da luta pela terra no Brasil e a importância de implantar um projeto de Reforma Agrária para desenvolver o campo, produzir alimentos saudáveis e combater à fome.

Este ano o MST organiza a 26º Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária de 2023, que tem como lema a luta pela “Reforma Agrária contra a fome e a escravidão: por terra, democracia e meio ambiente!”. Estão previstas ações em todo o país para denunciar o avanço dos casos de trabalho escravo, que vem sendo praticado pelo agronegócio, que domina a lista suja do trabalho escravo e não produz alimentos para a mesa do povo brasileiro, além de destruir as florestas e o meio ambiente, com as queimadas e o monocultivo de commodities, usando alta quantidade de agrotóxicos.

O MST defende a Reforma Agrária Popular como um projeto de agricultura sustentável para produzir alimentos à todo o povo brasileiro do campo e da cidade, e combater a fome, em contraposição ao agronegócio, que usa trabalho escravo e concentra a terra, espalhando mais miséria e destruição no campo.

A Reforma Agrária também gera emprego e trabalho cooperado, com maior dignidade para trabalhadoras e trabalhadores rurais. Além de democratizar o acesso à terra, fortalecer a democracia brasileira e diminuir as desigualdades sociais, segundo informações do Movimento.

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