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Economia Banco Central admite oficialmente novo estouro da meta de inflação em 2024

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A informação consta no relatório de inflação do quarto trimestre, divulgado nessa quinta-feira (19). (Foto: Agência Brasil)

O Banco Central (BC) admitiu oficialmente que a meta de inflação, em 2024, será descumprida novamente. A informação consta no relatório de inflação do quarto trimestre, divulgado nessa quinta-feira (19). Isso quer dizer que a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficará acima do teto do sistema de metas neste ano, que é de 4,5%.

Na parcial de janeiro a novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação somou 4,29%. A projeção do mercado é de que o IPCA some 0,58% em dezembro, segundo pesquisa do BC, levando o indicador do ano fechado acima de 4,5%.

“A probabilidade de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância aumentou. A probabilidade estimada, construída a partir dos intervalos de probabilidade, passou de 36% para perto de 100% no caso de 2024”, informou o Banco Central.

Na ata do Copom, divulgada nesta semana, o BC já havia indicado o descumprimento da meta ao estimar que a inflação somará 4,9% neste ano.

Considerando os últimos 4 anos, essa será a terceira vez que a meta de inflação será descumprida. O IPCA ficou acima do intervalo das metas em 2021, 2022 e, agora, em 2024. Em 2023, a meta foi cumprida.

Fatores

Entre os fatores que têm pressionado a inflação neste ano, segundo analistas, estão os efeitos climáticos, como secas, que impactaram, por alguns meses, os preços dos alimentos e, também, da energia elétrica — levando ao acionamento das bandeiras tarifárias para reduzir o consumo.

Neste ano, o Brasil enfrentou a pior seca de sua história recente, segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).

Outro fator que tem influenciado a inflação nos últimos meses é o dólar alto, que tem avançado por conta de dúvidas do mercado financeiro sobre as contas públicas, ou seja, sobre a capacidade de o governo brasileiro de conter a alta do endividamento.

Na quarta-feira (18), a moeda norte-americana fechou o dia cotada a R$ 6,26, novo recorde nominal, ou seja, sem a correção pela inflação. Já nessa quinta-feira, após bater recorde de R$ 6,30 pela manhã, o dólar arrefeceu e fechou em queda de 2,32%, cotado a R$ 6,12. A redução do valor da moeda norte-americana só foi possível graças a dois leilões de dólar realizados pelo Banco Central do Brasil (BC) para aumentar a oferta da moeda no país e conter a desvalorização do real.

Com dólar mais alto, importados também encarecem, assim como produtos básicos com cotação internacional, como alimentos, afetando a vida de toda população.

A disparada da moeda norte-americana afeta a vida do brasileiro de todas as classes sociais, na medida em que piora a inflação, torna importações mais caras, encarece viagens e comprar para o exterior, mas, por outro lado, torna mais rentáveis as vendas do exportador.

Embalado pela alta de gastos públicos, o forte ritmo da atividade econômica, que tem surpreendido analistas nos últimos anos e levado o desemprego às mínimas históricas, também tem atuado para pressionar para cima a inflação — principalmente no setor de serviços. As informações são do portal de notícias G1.

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https://www.osul.com.br/banco-central-admite-oficialmente-novo-estouro-da-meta-de-inflacao-em-2024/ Banco Central admite oficialmente novo estouro da meta de inflação em 2024 2024-12-19
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