Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2023
Redução vem em linha com a expectativa do mercado, que já apostava que a decisão fosse a mesma das duas reuniões anteriores
Foto: Marcello Casal Jr./Agência BrasilO Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou, nesta quarta-feira (1º), a redução da taxa Selic em 0,5 ponto percentual, estabelecendo-a agora em 12,25% ao ano.
A redução está em conformidade com as projeções do mercado, que já antecipava que a decisão desta reunião seria consistente com as duas reuniões anteriores, implicando um corte de 0,5 ponto percentual. Isso também está em sintonia com o comunicado da última reunião em 20 de setembro.
O BC deu início ao seu ciclo de flexibilização monetária na reunião de 2 de agosto, quando efetuou um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, que havia permanecido em 13,75% desde agosto de 2022.
Naquela ocasião, a decisão foi tomada em meio a uma grande expectativa, tanto por parte do mercado como do governo, em relação ao início dos cortes.
Desde que assumiu o cargo, o presidente Lula e sua equipe, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressaram críticas contundentes ao nível dos juros no País, bem como ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
No mais recente Boletim Focus, que é um relatório semanal com projeções elaboradas por analistas e economistas do mercado acerca dos indicadores econômicos do país para este ano e os três anos subsequentes, as estimativas permaneceram inalteradas pela décima segunda semana consecutiva em relação a 2023. A projeção para a taxa Selic se manteve em 11,75% para o encerramento deste ano.
Para o ano de 2024, os economistas revisaram suas estimativas para 9,25%, em comparação com os 9% da semana anterior. Da mesma forma, as projeções para 2025 também foram ajustadas para 8,75%, em contrapartida aos 8,50% anteriores. A estimativa para o ano de 2026 permaneceu inalterada em 8,5%.
Super quarta
Nesta quarta-feira, o banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), manteve, pela segunda reunião consecutiva, as taxas de juros estáveis no intervalo de 5,25% a 5,50%, nível mais elevado em 22 anos, onde se encontram desde julho.
Em comunicado após a reunião, o Fed observou que “a atividade econômica expandiu-se a um ritmo forte no terceiro trimestre” – um desenvolvimento recente que intrigou alguns economistas.
Apesar de o Fed ter aumentado agressivamente as taxas de juro 11 vezes desde março de 2022, em uma tentativa de combater a inflação, a economia dos EUA não só evitou uma recessão até agora, mas em vez disso expandiu-se a uma taxa anualizada de 4,9% no terceiro trimestre, principalmente devido ao indicador sólido de gasto dos consumidores.