Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2024
O presidente liberal Javier Milei assumiu o cargo em dezembro prometendo implementar cortes rigorosos nos gastos do governo.
Foto: ReproduçãoO banco central da Argentina reduziu nesta quinta-feira (2) sua taxa de juros de referência para 50%, o terceiro corte em três semanas, à medida que as expectativas de inflação caem rapidamente. Desde 11 de abril, a autoridade monetária reduziu a taxa básica em 10 pontos percentuais em cada decisão.
O corte da taxa básica ocorre em meio a crescente otimismo do banco central com a perspectiva de a inflação mensal cair mais rapidamente do que o esperado pelos analistas, o que é fundamental para a recuperação econômica do país, com os preços em alta de quase 300% ao ano.
O conselho da autoridade monetária tomou a decisão nesta quinta-feira, levando em conta o “rápido ajuste” das expectativas de inflação e o fortalecimento da âncora fiscal, entre outros aspectos, informou o banco central em um comunicado.
O presidente liberal Javier Milei assumiu o cargo em dezembro prometendo implementar cortes rigorosos nos gastos para colocar a inflação novamente sob controle.
Vitória
Após o fracasso da chamada “Lei Ómnibus”, a Câmara de Deputados da Argentina aprovou na terça-feira (30) a Lei de Bases, um novo projeto de reformas econômicas e do Estado proposto pelo presidente do país, Javier Milei.
O texto foi aprovado após 20 horas de debate – que começou na noite de segunda-feira (29) – por 142 votos a favor, 106 contra e cinco abstenções. O projeto segue para votação no Senado.
Logo no começo do seu governo, Milei baixou um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), uma espécie de medida provisória, e enviou ao Congresso um projeto da “Lei Ómnibus”. Os dois sofreram derrotas no Legislativo. Em 6 de fevereiro, a “Lei Ómnibus” foi retirada de pauta pelos próprios deputados governistas, pois sabiam que o texto seria derrotado. Em 14 de março, os senadores derrubaram o “decretaço”.
O texto da “Lei Ómnibus” que foi tirado de pauta no Congresso em 6 de fevereiro, originalmente, tinha mais de 600 artigos. Essa nova versão da Lei de Bases tem cerca de 250.
No entanto, esse novo texto incorpora uma parte importante do “decretaço”: a reforma trabalhista. Essa nova reforma trabalhista, no entanto, é muito mais enxuta. O número de artigos diminuiu de 60, no “decretaço”, para 17 nessa proposta aprovada.
O governo desistiu de medidas que restringiam o poder dos sindicatos e que poderiam ser um motivo de conflitos. Por exemplo, um desses artigos que ficaram pelo caminho era uma restrição ao direito de greve de atividades consideradas essenciais, e outro acabava com uma contribuição obrigatória que os trabalhadores não sindicalizados pagavam aos sindicatos.