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Banco Central dos Estados Unidos mantém juros no mesmo patamar apesar de pressão de Trump por corte

As decisões sobre os juros nos Estados Unidos geram efeitos no Brasil. (Foto: Reprodução)

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manteve os juros do país inalterados na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. A decisão unânime, anunciada nesta quarta-feira (29), veio em linha com as expectativas do mercado financeiro.

Na reunião anterior, em dezembro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) havia reduzido o referencial em 0,25 ponto percentual (p.p.). Na ocasião, indicou também uma pausa no ciclo de cortes, diante de “perspectivas econômicas incertas”.

As decisões sobre os juros nos Estados Unidos geram efeitos no Brasil. Quando as taxas no país permanecem elevadas, há maior pressão para que a Selic, a taxa básica de juros brasileira, também fique alta por mais tempo. Além disso, há impactos no câmbio.

O anúncio desta quarta foi o primeiro desde que Donald Trump tomou posse como 47º presidente dos EUA, no último dia 20 de janeiro. Apesar do pouco tempo, o republicano já tentou pressionar o Fed por corte nos juros.

Em seu discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Trump afirmou que iria exigir que as taxas do país caíssem “imediatamente”.

Questionado por jornalistas nesta quarta-feira (29) sobre a afirmação de Donald Trump, o presidente do Fed, Jerome Powell, preferiu não comentar.

“Não cabe a mim. Mas todos devem seguir confiantes de que vamos continuar fazendo nosso trabalho e focando em usar nossas ferramentas para atingir nossos objetivos”, disse.

O que disse o Fomc

O Comitê retirou de seu comunicado o trecho em que dizia que a inflação “progrediu” em direção à meta de inflação de 2%. Destacou, por outro lado, que o ritmo de aumento dos preços “continua elevado”.

O colegiado também afirmou que os indicadores dos EUA sugerem uma atividade econômica ainda em expansão, com uma taxa de desemprego em nível baixo e condições ainda sólidas no mercado de trabalho.

“O Comitê busca atingir o máximo de emprego e inflação na taxa de 2% no longo prazo. O Comitê julga que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação estão aproximadamente em equilíbrio”, informou.

Assim como em sua última reunião, o colegiado afirmou que a perspectiva econômica é “incerta” e que segue atento aos riscos.

Diante do cenário, declarou que “continuará monitorando as implicações das informações recebidas” e que está “preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos que possam impedir a obtenção das metas do Comitê”.

Em entrevista a jornalistas, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que “não é preciso ter pressa no ajuste de política monetária”. Segundo ele, a política atual está “bem posicionada” para os desafios que enfrenta.

“Sabemos que reduzir a restrição da política [monetária] mui

 

(AG)

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