Ícone do site Jornal O Sul

Banco Central dos Estados Unidos mantém taxa de juros na faixa entre 5% e 5,25% ao ano

O Comitê de Política Monetária do Fed (Federal Reserve), o banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (14) que decidiu pela manutenção da taxa de juros do país, que fica entre 5% e 5,25% ao ano.

É a primeira vez que o Fed não altera a taxa desde março de 2022, após dez aumentos. Em sua última decisão, a taxa subiu 0,25 ponto percentual e estava, à época, no intervalo de 4,75% a 5%.

A decisão segue a expectativa do mercado, que era por manutenção da taxa. A divulgação dos dados de inflação no país na terça-feira (13) reforçaram a projeção de manutenção. Os preços ao consumidor nos EUA subiram moderadamente em maio, informou o Departamento do Trabalho, levando ao menor aumento anual da inflação em mais de dois anos.

O índice de preços ao consumidor aumentou 0,1% no mês passado com queda dos preços da gasolina, depois de avanço de 0,4% em abril. Nos 12 meses até maio, o índice subiu 4,0%, menor patamar nessa base de comparação desde março de 2021, ante aumento de 4,9% em abril.

O dado anual atingiu um pico de 9,1% em junho de 2022, patamar mais elevado desde novembro de 1981, e está diminuindo à medida que os grandes aumentos do ano passado saem do cálculo. A última decisão do Fed, em maio, ocorreu apenas dois dias após o colapso do First Republic Bank, a segunda maior falência bancária da história dos EUA.

Como o Silicon Valley Bank e o Signature Bank, a falência do First Republic foi precipitada pela campanha de aumento de juros do banco central, que já se estende por um ano. À medida que as taxas sobem, os investimentos feitos pelos bancos, particularmente em títulos de longo prazo, desvalorizam, deixando os credores sentados em bilhões de dólares em perdas não realizadas.

Quando o Fed aumenta as taxas de juros, os bancos precisam aumentar as taxas de suas contas de poupança para atrair clientes de seus concorrentes. Isso pode colocar uma quantidade desproporcional de pressão sobre os bancos médios e regionais, como aqueles que viram os correntistas retirarem seu dinheiro quando a crise bancária começou, em março.

Sair da versão mobile