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Economia Banco Central Europeu reduz as taxas de juros pela primeira vez em quase cinco anos

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Como a inflação voltou a ficar próxima da meta de 2% do banco, as autoridades reduziram suas três principais taxas de juros.

Foto: Reprodução
Como a inflação voltou a ficar próxima da meta de 2% do banco, as autoridades reduziram suas três principais taxas de juros. (Foto: Reprodução)

O Banco Central Europeu reduziu as taxas de juros nesta quinta-feira (6) pela primeira vez em quase cinco anos, sinalizando o fim de sua política agressiva para conter o aumento da inflação.

Como a inflação voltou a ficar próxima da meta de 2% do banco, as autoridades reduziram suas três principais taxas de juros, que se aplicam a todos os 20 países que usam o euro. A taxa de depósito de referência foi reduzida de 4% – que havia sido fixada em setembro e era a mais alta nos 26 anos de história do banco – para 3,75%.

“As perspectivas de inflação melhoraram acentuadamente”, disse o banco, em um comunicado. “Agora é apropriado moderar o grau de restrição da política monetária.”

Há cada vez mais evidências em todo o mundo de que as autoridades dos bancos centrais acreditam que as altas taxas de juros têm sido eficazes na contenção das economias para desacelerar a inflação. Agora, começa um processo de redução das taxas, o que poderia proporcionar algum alívio para as empresas e famílias, tornando mais barata a obtenção de empréstimos.

“A política monetária tem mantido as condições de financiamento restritivas”, disse o BCE. “Ao amortecer a demanda e manter as expectativas de inflação bem ancoradas, isso contribuiu muito para que a inflação voltasse a cair.”

Na quarta-feira (5), o Banco do Canadá tornou-se o primeiro banco central do Grupo dos 7, aliança das principais nações industrializadas, a cortar as taxas de juros. Os bancos centrais da Suíça e da Suécia também cortaram as taxas recentemente.

Há mais cautela nos Estados Unidos, onde as autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) estão esperando para se sentirem mais confiantes de que a recente série de leituras resilientes da inflação chegará ao fim. O Banco da Inglaterra abriu a porta para cortes nas taxas, com algumas autoridades dizendo que as taxas poderiam ser reduzidas neste verão (do hemisfério norte).

O corte da taxa do BCE nesta quinta-feira, o primeiro desde setembro de 2019, envia um forte sinal de que o pior da crise de inflação da Europa está mesmo no espelho retrovisor. No final de 2022, a inflação média em toda a zona do euro atingiu um pico de mais de 10%, uma vez que um aumento nos preços da energia foi transmitido aos bens de consumo e serviços e os trabalhadores exigiram salários mais altos para atenuar o problema do salto nos preços.

Nos últimos anos, o BCE embarcou em seu ciclo mais agressivo de aumentos de taxas. A taxa de depósito bancário passou de -0,5% em julho de 2022 para 4% em setembro do ano passado.

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