Sábado, 08 de março de 2025
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2024
Foram vazados dados de “natureza cadastral”, como nomes de usuários, CPFs, banco, agência e tipo de conta.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilO Banco Central (BC) informou, nessa terça-feira (11), o vazamento de dados pessoais vinculados a 22.046 chaves Pix sob a responsabilidade de Iugu e Pagcerto, duas empresas de pagamentos. Este é o quinto caso do tipo somente em 2024.
Foram afetadas 19.849 chaves da Iugu, entre 21 e 27 de maio, e 2.197 chaves da Pagcerto, entre 23 e 24 de abril. Segundo a autoridade monetária, foram vazados dados de “natureza cadastral”, como nomes de usuários, CPFs, banco, agência e tipo de conta. A instituição afirma que os vazamentos “não permitem movimentação de recursos, nem acessos às contas ou a outras informações financeiras”.
Não teriam sido vazados dados sensíveis como senhas, movimentações e saldos financeiros, além de qualquer outro dado sob sigilo bancário. O BC afirma que falhas pontuais nos sistemas das empresas causaram o vazamento dos dados.
Vítimas do vazamento serão notificadas exclusivamente por meio do aplicativo ou pelo internet banking dos bancos responsáveis pela chave Pix.
Recorde Pix
O Pix bateu novo recorde diário de operações na última sexta-feira, com 206,8 milhões de transações em um único dia, segundo o Banco Central. No quinto dia útil do mês, que normalmente concentra pagamentos de salários, o volume negociado chegou a R$ 90,9 bilhões – também o maior valor já registrado em um único dia.
O recorde anterior tinha sido em 5 de abril, com 201,6 milhões de transações. Considerando o movimento de quinta-feira, pela primeira vez foram realizados mais de 400 milhões de Pix em intervalo de 48 horas.
“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, destacou o Banco Central em nota.
O sistema de pagamentos ainda não parou de crescer desde seu lançamento, em novembro de 2020. Mensalmente, o Pix está batendo 5 bilhões de transações, movimentando cerca de R$ 2 trilhões. Cerca de 155 milhões de pessoas e 16 milhões de empresas já fizeram ou receberam ao menos um Pix.
O Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. É o meio de pagamento criado pelo Banco Central em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático e rápido, podendo ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. A chave Pix pode ser o CPF/CNPJ, o celular, o e-mail, ou a chave aleatória, que é um código alfanumérico (formado por números e letras) gerado pelo sistema.