Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2022
Para 2023, a projeção de crescimento do PIB continua em 1%
Foto: Marcello Casal Jr./ABrO BC (Banco Central) revisou de 2,7% para 2,9% a projeção de crescimento da economia brasileira neste ano. A estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, consta no Relatório de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (15) pela autoridade monetária.
Para 2023, a projeção de crescimento do PIB continua em 1%. De acordo com o relatório, a alta na projeção do PIB em 2022 refletiu a “elevação na previsão para o setor de serviços, parcialmente compensada por recuo nas estimativas para agropecuária e indústria”.
A projeção para a agropecuária foi alterada de estabilidade para recuo de 2%, refletindo, principalmente, o resultado do terceiro trimestre. O BC informou que “esperava um resultado positivo, influenciado pela base relativamente fraca do segundo trimestre – ainda sob impacto da quebra parcial da safra de soja, cultura com colheita concentrada nos dois primeiros trimestres do ano – e por altas na produção de laranja e de algodão, culturas com participação expressiva no terceiro trimestre”.
“Contudo, recuos na produção de cana-de-açúcar e mandioca sobrepujaram esses fatores altistas, levando a recuo da atividade no trimestre e à piora na estimativa para o ano”, acrescentou a instituição.
Na indústria, a projeção foi revisada de 2,4% para 1,9%, com quedas nas previsões para todos os setores, com exceção da construção. Em serviços, a estimativa de crescimento em 2022 passou de 3,4% para 4,1%, influenciada pelo resultado do terceiro trimestre e pela revisão da série histórica.
“O setor terciário tem mostrado resiliência, voltando a crescer em ritmo robusto no terceiro trimestre. As altas no setor foram disseminadas e de magnitudes elevadas, iguais ou superiores a 1%, exceto pela atividade de comércio, afetada pelo arrefecimento do varejo e da produção industrial”, afirmou o BC.
Para os próximos trimestres, segundo o banco, “espera-se arrefecimento mais disseminado no setor, repercutindo a perspectiva de desaceleração do consumo das famílias, em ambiente de taxas de juros mais elevadas e de desaquecimento do mercado de trabalho”.
A estimativa para a variação do consumo das famílias passou de 3,9% para 4,2%; a do consumo do governo de 0,7% para 1,6%; e a da formação bruta de capital fixo (FBCF – investimentos) de -0,4% para 0,7%.
Inflação
O BC elevou a sua projeção de inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 5,8% para 6% neste ano. A meta de inflação para 2022, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% e será cumprida se oscilar entre 2% e 5%.
Para 2023, a estimativa de inflação foi revisada de 4,6% para 5%. A meta para o próximo ano é de 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.