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Economia Após queda do site, Banco Central suspende temporariamente o acesso à consulta de dinheiro esquecido em bancos

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Decisão ocorre um dia após serviço entrar em operação e grande número de acessos provocar queda em sites do Banco Central

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
O Copom pratica no Brasil o chamado “inflation forecast targeting”. (Foto: Marcello Casal/Agência Brasil)

O BC (Banco Central) anunciou nesta terça-feira (25) que tirou do ar o sistema que permite a consulta a valores devidos por bancos a pessoas e empresas.

O anúncio ocorre um dia após o serviço entrar em operação e depois de sites do BC registrarem, na manhã desta terça, instabilidade gerada pelo grande número de acessos ao novo sistema, chamado de SVR (Sistema Valores a Receber).

Esse serviço permite que pessoas e empresas consultem se têm valores a receber de instituições financeiras das quais já tenham sido clientes. Esses valores são, por exemplo, depósitos que não foram retirados após encerramento de contas.

“O lançamento do Sistema Valores a Receber gerou demanda de acessos muito acima da esperada, o que provocou instabilidade em sua página e também nos sites do BC, do Registrato e Minha Vida Financeira. Para estabilizar esses sites, o BC suspendeu temporariamente o acesso ao SVR”, informou o Banco Central em nota divulgada na tarde desta terça-feira.

“Estamos trabalhando para que o funcionamento dos sites seja normalizado o mais breve possível e também para o retorno do SVR. Manteremos o público informado quanto a esses desenvolvimentos e pedimos desculpas pelo transtorno”, completa a nota.

Segundo o Banco Central, nesta primeira fase do serviço são cerca de R$ 3,9 bilhões de valores a serem devolvidos para 24 milhões de pessoas físicas e jurídicas.

Os valores decorrem de: contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível; tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito; e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

Ao todo, o Banco Central estima que os clientes tenham a receber cerca de R$ 8 bilhões. O restante dos valores será disponibilizado no decorrer deste ano de 2022, fruto de: tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC; contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível; contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível; e outras situações que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas instituições.

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