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Economia Banco credita R$ 471 trilhões “sem querer” em conta de cliente

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A transferência aconteceu em abril do ano passado, mas não havia sido relatada até o momento.

Foto: José Cruz/Agência Brasil
A transferência aconteceu em abril do ano passado, mas não havia sido relatada até o momento. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O Citigroup depositou equivocadamente US$ 81 trilhões — o equivalente a R$ 471,7 trilhões — na conta de um cliente, segundo informações do jornal britânico Financial Times. O banco pretendia creditar apenas US$ 280 (R$ 1.630,40).

A transferência aconteceu em abril do ano passado, mas não havia sido relatada até o momento. O erro, conforme o jornal, passou despercebido por dois funcionários — um que era responsável por fazer pagamentos e outro que foi designado para verificar a transação antes que ela fosse aprovada e processada.

Foi apenas um terceiro funcionário, responsável por fiscalizar os saldos das contas do banco, que detectou o problema, 1h30 depois. Segundo o Financial Times, no entanto, o pagamento só foi revertido após várias horas.

O jornal britânico informou, ainda, que nenhum fundo chegou a sair do Citi e que o banco precisou informar o ocorrido ao Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e ao Escritório de Controle da Moeda (OCC, na sigla em inglês), que é uma agência do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, responsável por supervisionar os bancos nacionais e as associações federais de poupança.

Conforme o banco teria informado, seus controles “prontamente identificaram o erro” entre duas contas contábeis e reverteram a saída de recursos.

“Embora não tenha havido impacto para o banco ou para nosso cliente, o episódio ressalta nossos esforços contínuos para continuar eliminando processos manuais e automatizando controles”, afirmou o banco em nota, segundo o Financial Times.

Ainda segundo o jornal britânico, um total de 10 incidentes do mesmo tipo, envolvendo US$ 1 bilhão (R$ 5,8 bilhões) ou mais, foram registrados no Citi em 2024.

O banco ainda tenta reparar seus problemas operacionais, quase cinco anos após ter transferido, por engano, US$ 900 milhões (R$ 5,2 bilhões) a credores envolvidos em uma batalha contenciosa sobre a dívida de um grupo de cosméticos.

Na época, a transferência acabou resultando na demissão do então presidente do banco, Michael Corbat. A instituição também precisou pagar multas e sofreu ordens de consentimento regulatório com a exigência que corrigisse o problema. Em setembro de 2020, o Citigroup anunciou a escolha de Jane Fraser como a presidente a substituir Corbat. Ela foi a primeira mulher a dirigir o banco.

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