Sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de setembro de 2022
O Banco do Brasil deve buscar na Europa um modelo de parcerias semelhante ao que começa a explorar nos Estados Unidos, para assessoria em investimentos a clientes endinheirados. Segundo fontes do mercado, há conversas preliminares com o UBS, que já é sócio do banco no UBS BB e com o qual o BB assinou o primeiro acordo para discutir uma possível parceria no mercado norte-americano. Para a Europa, ainda não há acordo formal, e a expectativa é de que a negociação se estenda para o ano que vem.
Três mercados merecem atenção especial: Portugal, no qual há uma grande comunidade de brasileiros de alta renda, França e Itália. No continente europeu, o BB atua por meio do BB AG, que além desses três países, tem presença na Áustria.
O UBS BB Investment Bank ocupa o terceiro lugar entre os líderes no mercado local de títulos corporativos do Brasil, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Em todo o ano de 2020, antes da joint venture, o Banco do Brasil era o quinto e o UBS, o 15º, mostram os dados.
Nos EUA, banco já financia imóveis
Nos Estados Unidos, o banco ainda deve agregar mais potenciais parceiros ao novo modelo de assessoria. A expectativa é multiplicar por dez o volume de recursos de clientes no exterior sob gestão do banco. Em solo americano, a instituição tem avançado ainda em outro produto: o financiamento à compra de imóveis por brasileiros endinheirados em Miami, a partir da fusão entre o BB Americas e o BB Miami.
Nas parcerias internacionais, o Banco do Brasil tem buscado atuação com diferentes sócios, ou seja, sem exclusividade. A percepção é que, com as rápidas mudanças no mercado de investimentos, há uma variedade de agentes assediando o público de alta renda – e, por isso, faz sentido ter várias alternativas. Procurados, o BB e o UBS não comentaram.
Joint venture
O UBS já possui uma joint venture com o Banco do Brasil para banco de investimento na América do Sul e negócios de corretagem no Brasil, além de um acordo comercial entre o UBS BB Investment Bank e o Banco Patagônia na Argentina, que é controlado pelo Banco do Brasil.
O UBS tem 1.200 funcionários dedicados a 50.000 clientes de private banking da América Latina, incluindo 570 assessores de investimento. Possui vários centros de gestão dos ativos nos EUA, incluindo Nova York, Miami, Houston, San Diego e Coral Gables, Flórida, e internacionalmente em Zurique, Genebra, Hamburgo e Londres.
O Banco do Brasil também tem presença nos EUA, incluindo um banco e uma corretora. Além disso, possui um banco em Viena, com filiais em países como Portugal, França e Itália.