Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de agosto de 2023
A partir deste momento, o banco poderá criar tokens para simular transações com outros bancos.
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO Banco do Brasil (BB) iniciou os testes do Drex, o Real Digital. A partir deste momento, o banco poderá criar tokens para simular transações com outros bancos e verificar se o ambiente de negociação é capaz de oferecer segurança e privacidade para o uso da moeda virtual.
De acordo com o banco, o teste é possível após a instalação do validador na rede blockchain, que será utilizada para o piloto do real digital. A tecnologia blockchain é um mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações na rede de uma empresa. Considerado à prova de hackers, nenhuma informação pode ser retirada ou mudada porque todos os blocos estão conectados entre si por senhas criptografadas.
Na última segunda-feira (7), o Banco Central (BC) informou que a moeda virtual que equivalerá ao dinheiro em circulação. O Real Digital será a porta de entrada para acesso à economia tokenizada. Os tokens poderão ser registrados na rede do Real Digital e as negociações serão feitas com moeda segura emitida pelo Banco Central.
“Teremos a possibilidade de melhorar serviços bancários, com a adoção da tecnologia blockchain e a tokenização. Podemos prever que um financiamento de um imóvel, por exemplo, será realizado em questão de horas. Isso acontecerá uma vez que tanto o dinheiro quanto o imóvel serão tokenizados. Todos os participantes obrigatórios desse processo estarão conectados em uma única rede. Esse é um caso de uso que tem potencial para trazer comodidade aos clientes, melhorar a eficiência da operação, reduzir custos e ampliar o mercado”, explica Marisa Reghini, vice-presidente de negócios digitais e tecnologia do BB.
Ela salienta, ainda, que o mercado de investimentos também sentirá os efeitos da nova tecnologia. Segundo Marisa, será possível o modelo em títulos públicos ou privados, distribuindo-os de forma fracionada para pequenos investidores.
Drex
Ele será a moeda brasileira (R$) em sua versão digital. O dinheiro físico já é reapresentado com saldos em conta-corrente, por exemplo. Entretanto, um diferencial prático com a Drex será a redução de custos e etapas nas transações entre consumidor e empresa, por exemplo.
O Banco Central irá oferecer a infraestrutura necessária para que os registros de operações de compras ou vendas, como as de imóveis ou veículos, por meio do Real Digital. Assim, será realizado de maneira automática, diminuindo a necessidade de intermediários.
Nesses casos não haveria a discussão sobre a necessidade de o consumidor depositar o dinheiro antes de adquirir o bem ou de o vendedor transferir os documentos do bem antes de receber o montante. Todo o processo passará a ser feito instantaneamente.