A Superbia Credit Union recebeu autorização para o início das operações da primeira instituição financeira projetada para clientes LGBT, no Michigan, nos Estados Unidos. Voltado para o público formado por lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, o banco vai oferecer serviços online já a partir de 2020.
De acordo com a Bloomberg, a Superbia Credit Union oferecerá produtos que muitas vezes estão fora do escopo de um credor mais tradicional, como empréstimos para pessoas que estão em processo de transição de gênero. A informação é de Myles Meyers, fundador da Superbia Services Inc., com sede em Nova York.
O poder de compra da população adulta de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros dos Estados Unidos foi estimado em US $ 987 bilhões em uma projeção de 2017, da Witeck Communications. Pesquisas mostram que casais gays enfrentam obstáculos no setor bancário, mesmo em estados americanos onde a população é francamente favorável à união entre pessoas do mesmo sexo.
Eles têm menos chance de serem aprovados para um empréstimo, por exemplo, e quando o são, pagam mais pelo financiamento. Com o estatuto de funcionamento em vigor, a Superbia formará um conselho e começará a contratar executivos.
Além da união de crédito, a Superbia Services planeja expandir para produtos como seguros, assistência médica e gerenciamento de patrimônio projetados especificamente para clientes LGBT.
No Brasil
A Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) e ativistas da causa LGBT entraram na Justiça do Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira (10) contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella. A ação popular com pedido de danos morais é por censura e discriminação contra o público LGBT durante a realização da Bienal do Rio.
Na quinta-feira (05), o prefeito divulgou um vídeo determinando o recolhimento de um livro que possui uma cena de um beijo entre dois personagens masculinos. “Os danos morais não são somente pela censura, mas pelo ato de discriminação a LGBTs. Porque quando você censura um livro com a temática LGBT que não é pornográfico, você está cometendo um ato de discriminação, uma vez que existem outras literaturas similares heterossexuais”, destacou a advogada Maria Eduarda Aguiar, responsável pela ação.
A ação pede uma indenização de R$ 500 mil que, segundo os envolvidos, será revertida para grupos de combate à homofobia. “Quando o prefeito censura um livro que não é pornográfico como impróprio, apenas por ter um beijo homoafetivo, ele cometeu LGBTfobia e censura, uma vez que não haveria motivo para que isso ocorresse, uma vez que há diversos livros infantis com beijos héteros. Eu cito aqui Branca de Neve, Bela Adormecida e Cinderela”, afirmou Maria Eduarda.