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Economia Bancos rejeitam tabelamento para taxas de juros do cartão. Lojas não querem diminuir número de parcelas

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Levantamento realizado pelo Banco Central relativo ao mês de junho mostra que a taxa média do rotativo está em 437,2% ao ano.

Foto: Reprodução
Apesar das vantagens oferecidas, pode se transformar em uma armadilha para aqueles que não utilizarem o crédito de forma estratégica. (Foto: Reprodução)

Comércio e instituições financeiras estão em campos opostos. Isso se deve pela busca por uma solução para os juros cobrados no rotativo do cartão de crédito, a linha de financiamento mais cara hoje no Brasil.

Os bancos rejeitam a possibilidade de tabelamento ou de se estabelecer um teto para as taxas. A resposta, dizem, passa por algum tipo de restrição às compras parceladas sem juros. Todavia o parcelamento sem juros no cartão é um dos motores das vendas no varejo.

Na última quarta-feira (2), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que governo, bancos e varejo estão “sentados em uma mesa” para discutir saídas para o “maior problema de juro” no Brasil. E disse que uma proposta será apresentada em até 90 dias.

Levantamento realizado pelo Banco Central (BC) relativo ao mês de junho mostra que a taxa média do rotativo está em 437,2% ao ano. Ou seja: em 12 meses a dívida mais do que quintuplica. Algumas financeiras ainda chegam a cobrar quase 1.000%, conforme o BC.

O rotativo do cartão é um tipo de crédito oferecido ao consumidor quando ele não faz o pagamento total da fatura até o vencimento. O exemplo mais conhecido é o pagamento do valor mínimo da fatura, mas isso vale para a quitação de qualquer quantia menor do que o valor integral.

Alencar Santana (PT-SP), deputado federal e vice-líder do governo na Câmara, é relator de um projeto de lei que vai receber o conteúdo do Desenrola, programa do governo federal de renegociação de dívidas (criado inicialmente por meio de medida provisória), e já avisou que tratará também da questão do rotativo.

“Fazer o Desenrola e não tratar do problema do rotativo é o mesmo que não fazer nada. Você desenrola a pessoa para ela se enrolar de novo”, diz. Santana pretende apresentar um parecer em duas semanas, no máximo.

Ex-presidente da Câmara e hoje à frente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia diz que, para mexer no rotativo, é necessário reorganizar o “outro lado do produto”, que é o parcelado sem juros. “Não adianta mexer em apenas uma das pontas.”

Em evento organizado pelo Bradesco BBI no início de abril, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou que o modelo de tabelamento de juros, em uma indústria como a de cartão de crédito, era o “menos aconselhável”. Em nota, a Febraban disse que os bancos têm como prioridade a redução do custo de crédito, mas “sem a adoção de medidas artificiais”. •

A queda do desemprego no segundo trimestre, de 8,8% para 8,0% no País é o nível de desemprego mais baixo para o período desde 2014. O agronegócio avança a passos largos como gerador de empregos. No primeiro trimestre deste ano, a população ocupada no setor somou 28,1 milhões de pessoas, 27% do total de ocupações.

A demanda não é apenas de tratoristas e de operadores de drones, mas também por trabalhadores do setor de serviços (manicures, encanadores, etc.)

 

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