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Bancos salivam com ‘presente’ de R$ 730 bilhões

(Foto: Enio/Divulgação)

Agora dá para entender a felicidades dos banqueiros com duas decisões recentes dos podres poderes, só para garantir uma das medidas mais cruéis já produzidas contra os cidadãos: o “marco de garantias”. Os bancos foram autorizados tomar dos clientes seus bens imóveis, por exemplo, sem decisão judicial. A felicidade dos banqueiros se explica em números: no Brasil, são mais de 7 milhões de contratos em vigor, somente de financiamento imobiliário, que somam R$ 730 bilhões.

Lobby milionário

O lobby dos cartórios, igualmente milionário, foi fundamental no golpe contra direitos dos cidadãos: o setor ganhará uma “beirada” do negócio.

Cidadão desprotegido

Órgãos de defesa do consumidor temem que contratos cada vez mais leoninos venham favorecer a retomada de imóveis financiados.

De mão beijada

É ainda mais estranha decisão da Justiça de avalizar facilidades para o confisco de imóveis, sem reclamar da perda de poder e prerrogativas.

Ações valorizaram

Não por acaso, o valor das ações dos grandes bancos “explodiu” tão logo o golpe foi consumado, garantindo inclusive crescimento da bolsa.

Viagens de ministros consomem R$5,5 milhões

A inchada Esplanada dos Ministérios montada pelo presidente Lula reflete o volumoso custo para manter a estrutura com diárias, passagens, seguro-viagem e outros gastos. O pagador de impostos desembolsou exatos R$5.560.107,86 para bancar as mordomias. A conta considera os custos entre janeiro e setembro, quando o Portal da Transparência, fonte dos dados, foi atualizado pela última vez. A conta é ainda mais salgada, já que não considera o custo com os jatinhos da Força Aérea Brasileira.

O ouro é dele

Há 24 documentos de pagamentos do ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), que é quem mais gastou. Custou, sozinho, R$834,4 mil.

Segue a lista

Carlos Fávaro (Agricultura) torrou R$431 mil, seguido por Juscelino Filho (Comunicações), R$328 mil; e Nísia Trindade (Saúde), R$282 mil.

Rescisão

Os demitidos Ana Moser (Esporte), Daniela Carneiro (Turismo) e Gonçalves Dias (GSI), deixaram fatura alta em viagens, R$218,5 mil.

Quem confia?

Deltan Dallagnol tem mesmo um pé atrás com o STF. “Quem confia nas decisões de Dias Toffoli?”, indagou ao citar a condução do caso do barraco de Alexandre de Moraes com a família Mantovani em Roma.

Nosso dinheirinho

Deputados federais já gastaram, este ano, mais de R$172,5 milhões em “Cota de Atividade Parlamentar”, o “cotão”, segundo a Transparência da Câmara. Cada um pode pedir até R$50 mil mensais em “ressarcimento”.

Ministra na mira

A oposição não gostou da inclusão da vacina contra Covid no calendário e já prepara a convocação da ministra Nísia Trindade (Saúde). Um dos pedidos é assinado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Liga pro Macron

Até por ignorância e/ou preconceito ideológico, o governo Lula ameaça taxar investidores, mesmo afugentando empregos e renda. Isso não encontra paralelo nem na França socialista, que criou um incentivo (PEA) para investidores de renda variável para prazos superiores a cinco anos.

Quase nada

Pequenos investidores que compraram ações das Americanas tiveram um pequeno conforto no fim da semana. As ações, que valiam R$0,78 na segunda-feira (30) fecharam a semana em alta, R$0,85. Uau.

Perdão roubado

O deputado estadual Carmelo Neto (PL-CE) lembra que é de 2021, gestão de Jair Bolsonaro, a iniciativa de perdoar os juros das dívidas do Fies. “Lula quer te enganar de novo”.

Agenda

A expectativa é que a reforma tributária, relatada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), entre na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta semana, na terça-feira (7).

Trump teflon

Grupo anti-Trump do partido Republicano, nos EUA, foi forçado a desistir de uma série de anúncios de TV que “expunham” os problemas do ex-presidente na Justiça. Ao invés de derrubar, as propagandas fizeram Trump subir nas pesquisas.

Pensando bem…

…depois do imposto sindical e do seguro obrigatório, só falta voltar a CPMF.

PODER SEM PUDOR

Soco democrático

Candidato ao Senado pelo PMDB-PR em 1990, Waldyr Pugliesi convocou coletiva para explicar que era injusta sua fama de “pavio curto”. Na coletiva, um militante do PMDB puxou uma conversa cabulosa e ele a encerrou com um soco na mesa. Refeito, contou que só perdeu a cabeça uma vez, em Arapongas, quando esmurrou um vereador que o criticara. Mas observou: “Aquele soco foi com o braço democrático…” (Com a colaboração de Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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